Enquete: 75% não deixaram de frequentar parques devido à febre maculosa
Até a última segunda-feira (26), Mato Grosso do Sul contabilizou dez casos suspeitos da doença
A maioria dos leitores, 75%, respondeu na enquete do Campo Grande News de quinta-feira (29) que não deixou de frequentar os parques com medo da febre maculosa. Apenas 25% disseram que deixaram de frequentar.
Até a última segunda-feira (26), Mato Grosso do Sul contabilizou dez casos suspeitos de febre maculosa, mas dois foram descartados. Os pacientes, um homem de 29 anos de idade, de Ribas do Rio Pardo, e uma idosa de 63, moradora de Campo Grande, tiveram os exames negativados para a doença.
A leitora Isabela Souza comentou nas redes sociais do jornal que mudou os hábitos com o filho após surgirem suspeitas da doença. "Antes eu frequentava todo domingo o Parque das Nações com o meu filho".
A leitora Luzanete Lima da Costa continua frequentando parques e praças da cidade. "Se fosse perigoso, metade de Campo Grande já teria ficado doente".
De acordo com pesquisas realizadas no núcleo de Sanidade Animal da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Campo Grande, a doença circula, a pelo menos, dez anos em Mato Grosso do Sul. Na última década, foram registrados apenas seis casos da doença na Capital. Nesse período, foram investigados 55 casos suspeitos. O último caso confirmado foi registrado em 2018.
Os pesquisadores da Embrapa já encontraram em capivaras e quatis na região do Lago do Amor, nas proximidades da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), o carrapato-estrela, que causa a febre maculosa, doença grave com alto índice de letalidade.
Sintomas - Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e/ou dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e chega até os pulmões podendo causar parada respiratória.
Também podem aparecer manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Prevenção - Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato; usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; usar repelentes de insetos; verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.
Caso encontre um carrapato colado ao corpo, tem que remover com uma pinça. O quanto antes retirar o carrapato, menor será o risco de contrair a doença. Depois de retirar, é recomendado lavar a área com álcool ou água e sabão. Não se deve apertar ou esmagar o carrapato, ele deve ser puxado com cuidado e firmeza.