Para 64% dos leitores, familiar seria incapaz de cometer abuso sexual
Enquete revela que apenas 36% acreditam que um familiar cometeria esse tipo de crime
Dados sobre violência sexual contra crianças e adolescentes mostram que grande parte dos abusos são cometidos por pessoas do próprio núcleo familiar. Devido às estatísticas e recentes operações contra abuso sexual infantojuvenil, o Campo Grande News realizou enquete com a seguinte pergunta: “Você acredita que alguém da sua família seria capaz de cometer abuso sexual?”.
O resultado da enquete aponta que 64% dos leitores responderam que não, enquanto 36% acreditam que um familiar seria sim capaz de cometer esse tipo de crime.
Levantamento feito pela Sinan (Sistema de Informação de Agravo de Notificação), da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, de 2019 a 2023, revela que foram registradas 2.516 notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Destas notificações, em 77,2% dos casos a vítima era do sexo feminino, sendo de 10 a 14 anos. A faixa etária mais vulnerável, no sexo masculino, é de 0 a 9 anos, conforme o levantamento. Os dados mostram que em 74,7% dos casos, o abuso ocorreu em casa, com pessoas do núcleo familiar ou do círculo de convivência.
O pai é o principal agressor entre crianças de até 4 anos. Dos 10 aos 14 anos, os agressores passam a ser amigos/conhecidos ou com outros vínculos, como avô, tio, irmão ou primo.
Em Mato Grosso do Sul, duas operações diferentes foram deflagradas para reprimir crimes de abuso sexual infantojuvenil via internet. A primeira “Operação Rede Limpa XIII” em Coxim e a segunda “Operação Sentinela” em Caarapó.
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