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Esportes

Aos 11 anos, artilheiro em MS passa em teste para vestir camisa do Athletico-PR

Lucas Henrique de Oliveira Tavares se destacou no time formado pela Escola Pública de Futebol, campeão de torneio de base

Gabriel Neris | 23/07/2019 15:00
Lucas com a camisa do Athletico Paranaense, em Curitiba, em semana de testes (Foto: Arquivo pessoal)
Lucas com a camisa do Athletico Paranaense, em Curitiba, em semana de testes (Foto: Arquivo pessoal)

Campeão da Copa Campo-grandense Asas do Futuro, encerrada em julho, Lucas Henrique de Oliveira Tavares, de 11 anos, foi aprovado na primeira fase de treinamentos no Athletico Paranaense e agora aguarda com expectativa a possibilidade de vestir a camisa do clube rubro-negro.

Lucas foi artilheiro do torneio de futebol de base, com 18 gols, desempenho que despertou ainda mais as atenções de olheiros. Segundo o pai, o músico Henrique Peres, de 38 anos, esta não foi à primeira vez que o menino atrai interesse de grandes clubes. “Chegaram [contatos] do Corinthians, Fluminense, Athletico Paranaense e Atlético Mineiro”. Isso quando ainda tinha 10 anos.

Lucas e mais três irmãos moram no Bairro Caiçara. O menino começou a treinar com a Escola Pública de Futebol, programa idealizado pela Funesp (Fundação Municipal de Esportes), na Praça Elias Gadia, no Taveirópolis, onde foi treinado por Gilmar Calonga. De lá passou pela base do Novo e retornou para a escolinha.

“Voltou para disputar o campeonato e agora não deve voltar mais. Tem que ser grato, foi lá [no projeto] que ele teve entendimento de futebol, de equipe. Agora, a tendência, a nossa intenção é de que ele vá embora”, diz o pai.

Henrique com o filho e Bruno Nóbrega, coordenador de projeto da Funesp (Foto: Arquivo pessoal)
Henrique com o filho e Bruno Nóbrega, coordenador de projeto da Funesp (Foto: Arquivo pessoal)

Lucas passou uma semana em Curitiba após a conquista do título regional. Segundo o pai, a avaliação do clube foi positiva. “Avaliam tudo, posicionamento, chute com a direita, com a esquerda. Tem uma relação de coisas positivas e negativas, que podem melhorar. Mas vimos que ele ficou no mesmo nível de outros meninos”.

O pai também se diz impressionado com a estrutura do clube paranaense. “Se não foi a melhor, é a segunda”, avalia.

O menino está no 6º ano. Para o pai, os estudos continuarão sendo prioridades. “Acima de qualquer coisa o estudo. Estamos trabalhando a cabeça dele da melhor maneira possível. O que conquistou é muito pequenininho, mas ao tempo é muito grande, para um menino de Campo Grande, onde nosso futebol não é tão forte, que participa de um projeto de baixa renda, para nós que somos humildes, é gratificante. Tem que estudar, futebol é consequência”, completa o pai.

Agora, a família aguarda novo contato do clube para a próxima etapa de treinamentos, o que deve ocorrer no próximo período de férias, entre dezembro e fevereiro do ano que vem.

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