Atletas até com mais de 80 anos provam que idade não é limite na quadra de vólei
Com jogos na Capital, a 5ª etapa estadual da Super Liga Melhor Idade classificará equipes para a fase nacional
A idade não é um limite para começar um novo esporte, e é isso o que mostram os atletas acima de 45 anos de Mato Grosso do Sul, que estão disputando a 5° etapa estadual da Super Liga Melhor Idade, no ginásio Moreninho, no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
A competição, que hoje chega às semifinais e finais, vai classificar as equipes vencedoras para o campeonato nacional, que acontecerá em Palmas (TO), em janeiro de 2025. Segundo o presidente da CBVA (Confederação Brasileira de Voleibol Adaptado), Lucas di Marco, 47 equipes participaram desta etapa estadual, em categorias que variam entre 45+, 58+ e 68+.
Inclusive, a competição trouxe atletas com 80+, como é o caso de José Hilário, de 82 anos, que joga volêi há 15 anos. Ele acredita que o esporte é uma fonte de estímulo para se manter ativo no dia a dia. “A gente já tem uma certa idade, né, e normalmente a gente se acomoda. E isso aqui para nós é um estímulo, um estímulo de a gente se manter ativo, né, então eu acredito que é muito bom isso aí”.
Outra atleta que apareceu nas quadras é a Marinalva de Almeida Garcia, de 69 anos. Ela explica que atua na defesa e joga há 7 anos o esporte. “Tem uns 7 anos mais ou menos que eu pratico, depois de 60 anos que eu comecei. Nossa, e é muito importante, tanto pro corpo como pra cabeça. Muda totalmente o estilo de vida a gente praticar o esporte. Eu amo”.
Marinalva explica que além dos benefícios para a saúde, o esporte também tem sido uma oportunidade de criar novos laços. “A gente cria uma família assim, sabe, o time, o esporte. Agora eu já vim pro time de 70, né, então a gente é muito unido, uma torcendo pela outra. É muito legal”.
A atleta Maria Aparecida Scheeren, de 73 anos, também aponta que o esporte também trouxe muitas amizades. Ela explica que a equipe se conhece a mais de 60 anos. “A nossa equipe de 70 é uma equipe que vem junto já desde o início dos 60. Então nós passamos todos os 60, já estamos nos 70 e por aí vamos”.
Maria Aparecida explica que o esporte também é um dos motivos para manter o condicionamento físico. “Para mim é saúde, qualidade de vida, tanto que eu fiz uma cirurgia de prótese e a um ano e meio já estou na quadra, jogando. A atividade física impulsiona a gente a melhorar sempre, então você sempre procura o melhor. E o melhor é se movimentar”.
A saúde é também um dos principais motivos que levou o atleta Serafim Abreu, de 79 anos, às quadras. “A importância é a saúde, a amizade e a parte social, que a gente mais precisa, para não ficar em casa sentado na cadeira. Tem que levantar para se movimentar e se não tiver esse esporte, o voleibol adaptado, a gente perde muita saúde”.
Esporte em expansão - O presidente da CBVA, Lucas di Marco, explica que o voleibol adaptado tem se tornado cada vez mais popular no Brasil e em outros países da América do Sul.
Em outubro de 2023, a confederação realizou o primeiro campeonato sul-americano, com a participação de Argentina, Chile e Uruguai. Em 2025, a Superliga das Américas será realizada, contando com equipes da América do Norte.
“É um esporte muito democrático, que traz bastante inclusão, expectativa de vida, qualidade de vida, então é um esporte que tem revolucionado o país. Hoje a CBVA tem 20 mil atletas pelo país, em São Paulo nós temos 357 equipes. Então é um esporte que é atividade física e tem se tornado algo muito notório, que é políticas públicas. É um trabalho que a gente tem realizado em todos os estados”, explica o presidente da CBVA.
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