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Esportes

Bicampeão paralímpico pretende tirar férias no sítio ao chegar em MS

Fernando Rufino garantiu o melhor tempo da história das Paralímpiadas na prova de paracanoagem no domingo (8)

Por Clara Farias | 10/09/2024 13:46
Bicampeão paralímpico Fernando Rufino, o "Cowboy de Aço", ao receber medalha (Foto: Arquivo pessoal)
Bicampeão paralímpico Fernando Rufino, o "Cowboy de Aço", ao receber medalha (Foto: Arquivo pessoal)

O atleta Fernando Rufino, que conquistou medalha de ouro na paracanoagem dos Jogos Paralímpicos em Paris, já tem planos para quando chegar ao Mato Grosso do Sul: descanso no sítio. O "Cowboy de Aço" contou ao Campo Grande News sobre a experiência do bicampeonato, e sobre seus próximos objetivos.

Rufino é natural de Eldorado, mas viveu parte da vida em Itaquiraí, a 405 quilômetros da Capital. Nos Jogos Olímpicos deste ano, o atleta ganhou a medalha de ouro na prova dos 200 metros da classe VL2 (para atletas que usam tronco e braços na remada), a mesma em que foi vencedor em Tóquio.

Na prova em que garantiu o ouro, o atleta usou como estratégia direcionar a canoa para o mesmo lado que o vento estava, para a esquerda. "Fiz até os 100 metros, e aí não precisei fazer tanto direcionamento, o que me deu uma vantagem. Porque quanto mais você ter que direcionar a canoa, você perde potência e não ganho de velocidade", explicou.

Para ele, essa vantagem fez com que ele conseguisse administrar a prova até o final e ser campeão, com 50 segundos 47 centésimos, garantindo o melhor tempo da história das Paralimpíadas. "A experiência de ter mais uma paralimpíadas no currículo é única. Volto com muitos aprendizados, quero aprimorar ainda mais o meu treinamento", disse Rufino.

Fernando Rufino comemora o ouro em disputa, em Paris (Foto: Marcello Zambrana/CPB)
Fernando Rufino comemora o ouro em disputa, em Paris (Foto: Marcello Zambrana/CPB)

O atleta também disputou na classe KL2, utilizando caiaque. Nesta modalidade, Rufino chegou até a final, mas queimou a largada e ficou em 6° lugar. Segundo ele, isso nunca aconteceu. "Eu não esperava, estava muito difícil por questões do vento, para firmar o barco não partido com o remo, isso ocasionou uma queimada", afirmou. A arquibancada estava lotada, e para o atleta, isso deu mais emoção para o público que assistia.

Na madrugada desta terça-feira (10), Fernando Rufino saiu de Paris com a última delegação de atletas brasileiros. Ao chegar em Mato Grosso do Sul, o objetivo principal será curtir a família. "Os treinos vão demorar uma temporada boa, quero ficar um tempo no sítio, o contato com a natureza é muito importante e valioso", afirmou.

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