Com 2 gols nos minutos finais e muita emoção, Brasil despacha Costa Rica
Próximo adversário da Seleção Brasileira será a Sérvia no dia 27, em Moscou, e poderá garantir o primeiro lugar no Grupo E
Com gols de Coutinho e Neymar já nos acréscimos, aos 46 e 53 minutos do segundo tempo, respectivamente, a Seleção Brasileira despachou a Costa Rica na tarde desta sexta-feira, 22, no horário da Rússia, manhã em Mato Grosso do Sul.
Venceu por 2 a 0 em um confronto sofrido e cheio de emoções, que teve até a interferência do árbitro de video em uma penalidade assinalado pelo árbitro e depois teve a decisão anulada, e para aumentar ainda mais a tensão os dois gols brasileiros só aconteceram nos minutos finais.
Foi a primeira vitória da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018. Na estreia empatou em 1 a 1 com a seleção da Suíça, quando Coutinho fez o primeiro gol do Brasil na competição, e hoje ele abriu caminho para que a Seleção saísse de campo aplaudida pela torcida.
Com a vitória, a Seleção passou a somar 4 pontos e poderá definir a classificaçã para as oitavas de final diante da Sérvia na próxima quarta-feira, dia 27, em Moscou. A vitória na terceira e última partida da fase de grupos dará ao Brasil a condição de primeiro do grupo.
O Brasil fez um primeiro tempo nervoso, lento e sem inspiração para sair do sistema de marcação adotado pela Costa Rica com o 5-4-1. O time deu uma melhorada a partir dos 25 minutos, mas nada que pudesse preocupar o goleiro Keylor Navas, do Real Madrid.
Na etapa inicial foram sete finalizações brasileiras, apenas uma em direção ao gol, contra três dos costarriquenhos. O ex-atacante do Palmeiras, e atualmente no Manchester City, Gabriel Jesus, chegou a balançar as redes, depois de receber belo passe de Willian, mas estava em posição irregular.
Com uma mudança no intervalo, a entrada de Douglas Costa no lugar de Willian, a Seleção Brasileira voltou diferente para o segundo tempo, bem mais determinada. Em cinco minutos conseguiu produzir muito mais do que havia produzido durante os 45 minutos iniciais.
Logo que a bola rolou o Brasil foi para cima da Costa Rica. Aos 2 minutos, a defesa costarriquenha atrasou a bola na fogueira, o goleiro Navas afastou, mas o rebote ficou com o lateral-direito Fagner, que cruzou para Neymar bater forte e a zaga salvar para a linha de fundo o gol brasileiro.
Na sequência, após a cobrança de escanteio, Gabriel Jesus mandou uma bola na trave. Paulinho pegou o rebote, tocou para Coutinho chutar, mas novamente a defesa fechada da Costa Rica evitou o gol da Seleção Brasileira. No contra-ataque, a Costa Rica teve grande chance aos 21 minutos, e Miranda evitou o gol. Alisson não saiu e ele conseguiu afastar o perigo.
Apesar da pressão, o Brasil não conseguiu chegar ao gol. Aos 22 minutos, o técnico Tite sacou o volante Paulinho pelo atacante Roberto Firmino. A pressão passou a ser máxima e com meia hora do segundo tempo o time brasileiro já somava 17 finalizações, contra 4 da Costa Rica.
Aos 32 minutos, Neymar foi derrubado na área depois de dominar a bola em um passe de Gabriel Jesus. O árbitro holandês Bjorn Kuipers deu a penalidade, mas a tecnologia não confirmou. O árbitro de vídeo reverteu a decisão e o jogo permaneceu 0 a 0 até que Coutinho e Neymar nos minutos finais liquidassem a fatura para o Brasil.
"Foi difícil, foi sofrido e com muita emoção. Tentamos, buscamos a vitória no final fomos premiados pela atuação do grupo. Merecemos a vitória. A bola sobrou ali, o Gabriel protegeu bem, consegui fazer o gol. Mais importante foi ganhar", disse Coutinho, eleito pela Fifa o melhor do jogo.
No total, o Brasil finalizou 23 vezes contra a meta do goleiro Navas, nove no gol. Já a seleção da Costa Rica ameaçou apenas quatro vezes a meta do brasileiro Alisson, nenhuma vez em direção ao gol. A Seleção Brasileira assumiu a liderança provisória do Grupo E, enquanto que os costarrinhenos já estão eliminados.
FICHA TÉCNICA:
Brasil: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho (Roberto Firmino) e Philippe Coutinho; Willian (Douglas Costa), Gabriel Jesus e Neymar.
Técnico: Tite.
Costa Rica: Navas; Gamboa (Calvo), Acosta, González, Duarte e Oviedo; Venegas, Guzmán (Tejeda), Borges e Bryan Ruiz; Ureña.
Técnico: Óscar Ramírez.
Arbitragem - Bjorn Kuipers, auxiliado por Sander van Roekel e Erwin Zeinstra, todos da Holanda.