Com nostálgicos e novatos no estádio, torcida aprova retorno do Morenão
Após três anos sem receber a torcida, por falta de laudos de segurança, o estádio Pedro Pedrossian, mais conhecido como Morenão, voltou a receber um jogo de futebol neste domingo (29). Entre nostalgia e esperança de grandes times virem à Capital, a torcida comemorou poder voltar a ocupar as arquibancadas do Morenão.
A estudante Maria Fernanda Amarilha, de 19 anos, foi acompanhada do namorado Gustavo Vavas, 20 anos, também estudante. Ela diz que ambos estavam acostumados a irem ao estádio com os pais, que são comercialinos.
“Além de ser o retorno do Morenão, eu vim hoje pelo amor ao clube. Eu vinha com meu pai e quero continuar este legado de acompanhar o time até o título”, relata Gustavo Vavas.
Para Maria, “o Morenão é uma forma de fortalecer os laços herdados pela família com o time e com estádio”. Gustavo defende mais incentivos para o estádio voltar a ter o destaque de tempos passados. “Não basta só a torcida fazer a parte dela com a volta do Morenão, mas deve haver mais incentivos para voltar para o cenário nacional”.
Apesar de seu time não estar em campo, o contador e operariano Antônio Pereira, 52 anos, foi assistir ao jogo pelo gosto pelo futebol. “É excelente esse retorno do Morenão, desde 1973 acompanho jogos aqui”, relembra nostálgico.
“Espero que com o estádio reaberto volte a movimentação das torcidas e a rivalidade entre Operário e Comercial. Dando tudo certo hoje, tomara jogos nacionais possam acontecer aqui”.
Os amigos de infância Jederson Carvalho, 38 anos, comerciante, e Kleber Brito, 37 anos, servidor público são campo-grandenses, mas é a primeira vez que vão a um jogo no Morenão.
Jederson diz que foi motivado pela história do Comercial, e mandou fotos nos grupos da família para motivá-los a ir.“A cidade é grande e deveria ter muito mais eventos como este, mas falta divulgação”. Kleber concorda com o amigo: “A federação, governo e prefeitura precisam ajudar a divulgar e independente do time que está no jogo”.
Até o prefeito Marquinhos Trad (PSD) acompanhou a partida e se sentiu “nostálgico”. “Entre 1974 e meados de 1980 o futebol de Mato Grosso do Sul era forte. Era necessário chegar com duas horas de antecedência para conseguir um lugar. Sou comercialino e vinha em todos os jogos”, relata.
“O público presente superou minhas expectativas. Esta é uma oportunidade de trazer o torcedor de volta. Comercial e Operário merecem uma arena a altura dos times. Aqui é o perfume do futebol sul-mato-grossense”, finaliza Marquinhos.