Longe de casa, franceses vibram e esperam pegar Croácia na grande final
Partida foi acompanhada por brasileiros, que sentiram uma espécie de "vingancinha" contra a Bélgica.

Com a vitória sobre a Bélgica, na tarde desta terça-feira (10), valendo vaga para a final da Copa do Mundo de 2018, a Seleção da França “confortou” coração dos torcedores que acompanham a evolução da equipe longe de casa. O jogo decisivo vai acontecer no domingo (15), contra o vencedor da disputa entre Croácia e Inglaterra, que se enfrentam amanhã, às 14h.
Nascida em Paris, a professora do idioma e artista plástica Soniá Stransky, 36, vive há 6 anos no Brasil. Mal chegou da França – em um voo que aterrissou em Campo Grande às 10h de hoje – e fez questão de assistir a partida em uma cafeteria francesa, juntamente com outros conterrâneos.
“O clima de Copa do Mundo está muito mais forte por lá. Antes, até mesmo quando a França foi campeã mundial, não havia tanto envolvimento da torcida. Telões eram montados somente nos bares e cafés. Neste ano, há um enorme instalado em frente à prefeitura de Paris”, relata.
Soniá acredita que esse calor que toma conta dos franceses ocorre devido à empatia com os jogadores, “muito mais abertos, unidos e simpáticos”.
“Bem diferente dos convocados na Copa de 2010, que fizeram greve e se recusaram a treinar no Mundial da África do Sul. Dessa vez, os franceses estão torcendo mais e acreditando na vitória”, diz. Ela acredita que a Inglaterra será adversário no próximo domingo.

A cafeteria é de propriedade do casal Paolla Albaneze Anache Ayache, 29, e Freddy Manoel Ayache, 29. Ela brasileira, “patissiére”, ou seja, confeiteira, e ele, francês, “boulanger”, padeiro, que investiram forte para oferecer aos clientes quitutes típicos dos verdadeiros bistrôs.
“Sempre nos reunidos aqui, para conversar e curtir os sabores de lá, mas hoje teve gostinho especial, e será assim no próximo jogo”, convida ela.
Também acompanhou a partida cheio de ansiedade o parisiense Henri Simon, engenheiro civil, de 27 anos, que vive há 4 anos no Brasil. “Minha esperança agora é enfrentar a Croácia na final, embora no fundo eu acho que a Inglaterra vença”, aposta, sorrindo.
Ao lado, a esposa Bruna Ortale Simon, 25, acadêmica de pedagogia, também torce para que a Croácia chegue ao final. Para ela, a tarde de hoje representou uma vingança contra Belgica. “Já que o Brasil foi eliminado, pelo menos a Bélgica não avançou. Alivia um pouco o desapontamento”.
É... a vingança é um prato que se come frio, com queijos, baguetes e vinhos franceses.