Petrallás é eleito para comandar o futebol em MS até 2027
Até então presidente interino, Petrallás venceu a eleição nesta terça-feira, com 48 votos
O novo presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) está definido. Estevão Petrallás foi eleito com 48 votos e comandará o futebol do Estado até 2027. Ao todo, seis candidatos disputaram a vaga que, conforme a revista Piauí, garante um salário de R$ 215 mil mensais.
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Petrallás sucede, agora de forma oficial, Francisco Cesário de Oliveira, que esteve à frente da federação por 28 anos. Cesário foi destituído do cargo após se tornar alvo da Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 2023, sob investigação por corrupção.
Segundo o ranking nacional de federações, a FFMS ocupa a penúltima posição, com o segundo pior desempenho do país. Apesar disso, Petrallás ainda não apresentou propostas para os próximos quatro anos, limitando-se a afirmar que pretende investir nas categorias de base.
Após a eleição, Petrallás agradeceu o apoio dos presidentes do Operário e do Ivinhema, mas destacou que será presidente de todos. “Querendo ou não, estou ali para tocar o futebol no Estado e tirar, quem sabe, da 26ª colocação que nós estamos, uma situação vergonhosa”, declarou.
O presidente eleito afirmou ainda que pretende se reunir novamente com todos os presidentes de federações para reavaliar, principalmente, o trabalho da Diretoria de Competições. Disse também que, na próxima semana, terá um encontro na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e demonstrou respeito ao governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), mas enfatizou que “quem sabe as dores do futebol é quem está dentro do esporte”.
“O compromisso está feito. A federação começa agora com legitimidade e de forma muito mais tranquila. Semana que vem, estarei na CBF para dizer que, de fato, estamos eleitos, legitimados e, o principal, comprometidos com todos os grupos, inclusive os que votaram contra. Não há por que haver descaminho. A construção é feita com tijolos, não com uma parede completa, e eu acho que agora veio a união”, completou Petrallás.
Além dele, concorreram ao cargo André Baird, ex-presidente do Costa Rica; Cláudio Barbosa, presidente do Comercial; Marcos Araújo, presidente do Dourados; Paulo Telles, ex-presidente do Cene; e Toni Vieira, ex-presidente do Operário.
Baird obteve 39 votos e classificou o processo como um aprendizado. “A derrota faz parte do movimento democrático. Felizmente, acabou esse imbróglio que vinha se arrastando há muito tempo, desgastando os clubes e a entidade. Foi no voto. Andei pelo Estado com minha estrutura e capacidade, conversei com os presidentes, fiz minhas propostas, mas desafiei o sistema, desafiei a máquina. E sabemos como é difícil quando se desafia um sistema”, comentou.
Ao todo, 51 filiados estavam aptos a votar, incluindo clubes e ligas esportivas do Estado. No entanto, o peso dos votos varia: clubes da Série A têm peso 3; os da Série B, peso 2; e os demais, peso 1. A votação foi realizada a portas fechadas, no Grand Park Hotel, em Campo Grande.
Petrallás foi eleito principalmente devido ao futebol amador, que garantiu 18 votos a ele, enquanto Baird ficou com 5. Na Série A, Baird teve 18 votos, e Petrallás 12; da Série B, Petrallás garantiu 18 votos e Baird 16.
Antes da votação, o presidente da comissão eleitoral, Gilberto dos Santos, explicou que cada candidato teria 15 minutos para se manifestar, e que o pleito seria rápido. Os filiados votaram por cédula, com posterior apuração.
O ex-presidente do Cene, Paulo Telles, que também disputava a presidência, relatou antes da votação estar com um “duplo sentimento: a alegria de ser votado e, ao mesmo tempo, a frustração”. Segundo ele, circulavam informações de que presidentes estariam sendo coagidos a votar em determinados candidatos por orientação do governador. Telles afirmou ter protocolado denúncia-crime no Ministério Público.
Já Toni Vieira adotou tom crítico em relação à condução do processo eleitoral, alegando falta de espaço para debate ou apresentação de propostas. “Minha candidatura é zero. Só estou aqui para dar o nome mesmo, porque é um processo que não é democrático”, disse.
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