Sonho de MS com medalha de ouro termina na 1ª semana dos Jogos Olímpicos
Atletas ligados ao Estado não conseguiram inédito primeiro lugar e se despediram da competição
A primeira semana dos Jogos Olímpicos de Tóquio chegou ao fim e com ela também encerrou o sonho de Mato Grosso do Sul ter o primeiro medalhista de ouro da história.
Os três atletas que estavam competindo e que de alguma forma tinham ligação com o Estado deram adeus as disputas sem nenhuma medalha.
O nadador campo-grandense Leonardo de Deus, de 30 anos, do Unisanta (SP), chegou as finais da prova de 200 metros no estilo borboleta com o segundo melhor tempo. Mas terminou a final em sexto lugar, com o tempo de 1m55s19.
O húngaro Kristof Milak confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro com 1m51s25, atingindo o recorde olímpico que era do norte-americano Michael Phelps. O japonês Tomoru Honda levou a prata e o italiano Federico Burdisso ficou com o bronze.
Nos tatames, o judoca Rafael Silva, o “Baby”, de 34 anos, do Pinheiros (SP), não conseguiu confirmar o seu favoritismo e caiu na segunda luta.
Medalha de bronze em Londres, em 2012, e no Rio de Janeiro, há cinco anos, o lutador nascido em Campo Grande e criado no Paraná começou derrotando Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, mas foi derrotado nas quartas de final para o georgiano Guram Tushishvili. Baby perdeu por ter recebido três punições por falta de combatividade.
Na repescagem para tentar a medalha de bronze, Rafael encontrou o francês Teddy Riner, bicampeão olímpico e um dos maiores nomes na categoria acima dos 100 kg, porém o brasileiro acabou eliminado em pouco mais de um minuto de luta com um ippon.
Baby ainda teve mais uma chance de medalha na disputa por equipes, mas também fracassou. No duelo entre Brasil x Holanda, Rafael perdeu para Henk Grool, também com três punições por falta de combatividade, e o resultado agregado terminou em 4 a 2 para os europeus. Contra Israel, desta vez sem Baby, o Brasil perdeu pelo mesmo placar e encerrou sua participação em sétimo lugar.
A última atleta a deixar a competição foi Bruna Benites, de 35 anos, zagueira e lateral da seleção brasileira de futebol feminino. Natural de Cuiabá, Bruna foi revelada no Comercial e tem familiares morando até hoje em Campo Grande.
Bruna, jogadora do Internacional, foi titular nos quatro jogos do Brasil na competição e acabou eliminada junto com a seleção nas cobranças de pênaltis para o Canadá nas quartas de final, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.
A eliminação precoce tirou a possibilidade de buscar pelo menos a medalha de bronze, antecipando o retorno para casa.