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Advogado é expulso da OAB por falsificar sentenças

Anahi Zurutuza, Lucia Morel e Gabriela Couto | 02/07/2022 07:00
Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MS julgou advogado nesta semana (Foto: OAB-MS/Divulgação)
Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MS julgou advogado nesta semana (Foto: OAB-MS/Divulgação)

Expulso – Nove anos depois de ser preso por falsificar decisões judiciais de magistrados de Mato Grosso do Sul, o advogado Kleber George Sanches Hernandes foi expulso da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul). A decisão do Tribunal de Ética e Disciplina, que ainda cabe recurso, foi publicada esta semana no Diário Oficial da entidade. No entendimento dos julgadores, o comportamento do advogado “notadamente atingiu dignidade da advocacia com maior grau de nocividade”.

A acusação – As investigações contra Kleber George começaram a partir da informação da liberação de dois veículos apreendidos no Detran-MS ( Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), depois que o advogado apresentou no local decisão falsificada. No escritório dele, no dia 9 de abril de 2013, policiais civis apreenderam dezenas de decisões judiciais falsas, com assinaturas de juízes do Estado. Ele responde judicialmente por falsidade ideológica e vários estelionatos.

Julgamento - A ministra Rosa Weber marcou para o início de agosto deste ano – entre 5 e 15 – o julgamento do deputado federal Loester Carlos, o Trutis (PL), sobre a denúncia de que o parlamentar forjou atentado contra ele mesmo, em fevereiro de 2020. A dois meses das eleições, Trutis, que tentará se manter na Câmara Federal, poderá réu por falsa comunicação de crime, posse ilegal de arma de fogo e disparo em via pública.

Tentativas de atraso – Trutis fez o que pôde para atrasar o andamento do processo: “fugiu” de oficial de justiça e por último, queria a perícia de arma apreendida no Coophavilla 2 para saber se era compatível com a usada para tiros contra o carro em que ele estava naquele ano. A Procuradoria-Geral da República rebateu afirmando que não havia qualquer ligação da tal pistola com o crime e que a PF (Polícia Federal) não poderá realizar perícia em todas as armas apreendidas no Estado. Rose Weber deu seguimento ao processo.

Também no STF – A mesma ministra é relatora no STF da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) em que Reinaldo Azambuja (PSDB) e outros 10 governadores questionam mudanças na forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis. Ela deu prazo de 10 dias para o governo federal explicar como estabeleceu o teto para o tributo, que é de competência estadual.

Crédito – O governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou durante o discurso de entrega de maquinários ontem, que o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ofereceu um crédito disponível de R$ 1,8 bilhão para empréstimos, mas que ele prefere não fazer mais compromissos. “Não vou entregar o Estado endividado. Se o próximo governo quiser fazer, faça”.

#Chateados – Os aposentados da Assembleia Legislativa reclamaram de não terem sido ouvidos na “pesquisa de campo” feita pelo presidente da Casa, Paulo Corrêa, sobre como servidores preferiam receber o 13º salário – em duas vezes, sendo o adiantamento pago em julho, ou em parcela única, só no fim do ano. Pelo menos uma parte dos inativos, gostaria de ter um dinheiro extra por agora, embora Corrêa tenha decidido fazer o pagamento em dezembro, segundo ele, por vontade da maioria.

Aguardando resposta – O presidente do Sisal-MS (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa), João Moreira, afirma que o Legislativo estadual paga salários, atualmente, para 1.122 pessoas – sendo 610 servidores na ativa, dentre os concursados e comissionados, e 512 aposentados. “Até questionei esse resultado pro primeiro-secretário, Zé Teixeira, e ele ficou de me dar uma resposta na segunda-feira. Vou aguardar”.

Suspensão – A Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul enviou recado à imprensa avisando que de ontem até outubro, ou novembro, deixará de usar as redes sociais para divulgar ocorrências e operações. Segundo a PF, a desativação dos perfis oficial obedece à Instrução Normativa Nº 1 do governo federal, de 11 de abril de 2018, que veda postagens durante o período eleitoral nos “perfis dos órgãos e entidades integrantes do Sicom [Sistema de Comunicação do Poder Executivo Federal] em redes sociais”.

Zap zap – Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (1º), em Dourados, o cantor Almir Sater, que faz o papel de Eugênio em Pantanal, comentou sobre as tecnologias que chegavam até às propriedades rurais do bioma, há 30 anos, quando ele fez a primeira participação na novela e as usadas agora, quando o artista da vida a outro personagem do remake. Almir, que também é fazendeiro, disse que naquela época, “o sucesso foi a antena parabólica”, mas hoje, por exemplo, a internet expandiu os horizontes do pantaneiro. “O Pantanal hoje não vive mais sem Zap”, em referência ao aplicativo de troca de mensagens WhatsApp.

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