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Cafezinho: senha de propina e protestos

Edivaldo Bitencourt | 01/08/2015 07:00

Poderosa – A Itel Informática surgiu no final dos anos 90 e conseguiu manter contratos com o Governo estadual por cinco gestões consecutivas. A empresa de João Baird manteve-se nas administrações de Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e, agora, Reinaldo Azambuja (PSDB).

No fio da navalha – No entanto, o governador tucano só aguarda manifestação do Ministério Público para suspender o contrato com João Baird, que integra a organização de João Amorim. O Estado tem condições de manter o ritmo sem o sistema implementado pela Itel.

Cautela – O prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), é mais cauteloso sobre o rompimento com a Itel. Como o município está em crise, ele teme perder ainda mais receita com um rompimento abrupto com a empresa responsável pelo sistema do fisco municipal.

Destino – O deputado federal Elizeu Dionizio cogita ser candidato nas eleições de 2016. Como o mandato só vale até a volta do titular, o atual secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, ele pode ser candidato a vice-prefeito de Campo Grande.

Peso – Evangélico e jovem, o deputado pode fazer dobradinha e repetir o fenômeno Gilmar Olarte e Alcides Bernal, ambos do PP. Ou seja, o deputado pode ser candidato em uma chapa pura. Se for para o PSD, pode fazer dupla com Marquinhos Trad, que estuda deixar o PMDB.

Tucano – Dionizio também vem negociando com o governador Reinaldo Azambuja e pode ir para o PSDB. Neste caso, ele pode fazer dobradinha com a vice-governadora, Rose Modesto, cotada para disputar a prefeitura no ninho tucano.

Cafezinho e circo – A senha para propina no suposto esquema de corrupção era “cafezinho” e “ingresso de circo”, conforme a Operação Lama Asfáltica. Agora, o “cafezinho” virou o mote dos protestos marcados para a próxima semana. Os professores vão servir “café de verdade” aos vereadores na terça-feira.

TCU – Uma equipe do Tribunal de Contas da União esteve, nesta semana, em Campo Grande. A equipe faz devassa nos contratos da Petrobras e esteve na unidade da estatal na Avenida Duque de Caxias. O teor da investigação segue sob o maior sigilo.

Advogados – O prefeito Gilmar Olarte contou, na noite de quinta-feira, que mantém a luta na Justiça para desbloquear as contas e bens. No entanto, ele destacou que este papel cabe aos advogados de defesa. O caso segue sob análise de recurso pelo Tribunal de Justiça.

Chega de teatro – O Tribunal de Justiça decidiu acabar com a inutilidade da sala destinada para vítimas, testemunhas e familiares de envolvidos no processo. Como poucos juízes a usavam, portaria obriga o uso do espaço e acaba com a “festa” promovida por parentes no reencontro de presos nos corredores do Fórum da Capital.

(colaboraram Paulo Yafusso e Ricardo Campos Jr.)

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