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Como Julieta, prefeita vai à sacada todo dia, mas por araras

Por Gabriela Couto e Fernanda Palheta | 17/07/2024 06:00
Adriane Lopes na sacada do gabinete, no Paço Municipal. (Foto: Alex Machado)
Adriane Lopes na sacada do gabinete, no Paço Municipal. (Foto: Alex Machado)

Na sacada - Curiosa ao ver repórter de prontidão em uma das saídas do Paço Municipal, a prefeita Adriane Lopes (PP) disfarçou e apareceu na sacada do gabinete para ver a paisagem. "Eu sempre saio de tarde para ver as araras", garantiu. Deu uma olhadinha e logo fechou as portas e as janelas, sem deixar frestas para fotos sobre com quem era a reunião vespertina.

Pedido especial - De forma nada convencional, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa deliberou pela aprovação de um projeto de lei do Judiciário, durante a ordem do dia desta terça-feira (16). A matéria tramita por solicitação especial da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil, seção Mato Grosso do Sul). “Foi um pedido da OAB/MS para tramitação até o dia 11 de agosto, em que é celebrado o Dia do Advogado”, explicou o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP).

Honorários - Entre as alterações propostas no projeto estão o recolhimento da taxa judiciária, depois da execução ou do cumprimento de sentença, quando comprovada, por meio idôneo, a momentânea impossibilidade financeira do seu recolhimento, ainda que parcial, nas ações de pedidos de alimentos, nas revisionais de alimentos e de acidente de trabalho. O objetivo é aprovar o projeto no retorno dos trabalhos.

Ação popular - Ainda durante a sessão plenária, o deputado Júnior Mochi (MDB) destacou o protocolo de ação popular dirigida à CCR/MS Via. “Foi protocolada ação popular com a assinatura de 14 parlamentares. Ingressamos para solicitar que seja suspenso e revisto o aumento do pedágio e todo e qualquer aumento, enquanto não se definir a repactuação ou relicitação da BR-163”, detalhou o parlamentar.

Nada unânime - Apesar de aprovada, três deputados estaduais foram contrários a nota de repúdio do deputado estadual Pedro Kemp (PT) ao ato de proselitismo político, compostura discriminatória, intolerante e tendenciosa, e uso indevido da autoridade religiosa por parte do padre José Alcione. Ao presidir a missa do dia 07 de julho de 2024, na Capela Sagrada Família de Nazaré (Paróquia Cristo Bom Pastor), em Campo Grande, ele pregou a morte do pessoal de esquerda.

Contrários - Pediram destaque para votar contra os deputados Lídio Lopes (sem partido), Carlos Alberto David (PL) e Pedro Caravina (PSDB). Pela Arquidiocese ele já foi até afastado. Dom Dimas tomou a decisão no mesmo dia da denúncia de Kemp, feita durante sessão na Assembleia nesta semana.

Três minutinhos - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), abriu mão da sua fala na coletiva sobre os incêndios no Pantanal, mas foi chamada na sequência. O cerimonial justificou que foi um pedido da ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva. "Vou me permitir utilizar a palavra por contados três minutos, se eu passar vocês podem descontar do meu salário".  O mini discurso ultrapassou o tempo em menos de um minuto. Para terminar, Tebet agradeceu a todos que estão na linha de frente. "Espero não ter deixado ninguém de fora porque já deve estar descontando do meu salário", disse com a voz apressada.

Reconhecimento - Durante sua fala a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática agradeceu todos os parlamentares que se mobilizaram para aprovar o projeto de lei que regulamenta o manejo integrado do fogo e citou dois sul-mato-grossenses. O primeiro foi o senador Nelsinho Trad (PSD), que já havia retirado emendas ao texto. A segunda foi a senadora Tereza Cristina (PP), que tem uma atuação nacional de defesa do agronegócio e da flexibilização do uso de agrotóxicos, pautas antagônicas ao posicionamento de Marina. "A senadora Tereza Cristina fez o mesmo gesto e eu gosto de ser justa e reconhecer quando as pessoas têm uma atitude que está acima daquilo que é o interesse particular e ideológico de cada um", afirmou.

Mato Grosso, de novo - Marina Silva errou pela segunda vez o nome de Mato Grosso do Sul. Durante sua fala na coletiva ela confundiu várias vezes os estados, até que uma mulher da plateia gritou o tradicional: "do Sul". "De novo pessoal, desculpa! Mil vezes desculpa". Após a correção ao vivo a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática não errou mais e todas as vezes que citou o Estado enfatizou o nome certo.

Não liga não - O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) tranquilizou Marina sobre a gafe. "Ministra Marina não liga não, esse negócio de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul sempre dá essa situação, mas é porque a gente tem muito orgulho do Mato Grosso do Sul e carregamos no peito esse Estado maravilhoso, que é o Estado do Pantanal, Estado do Cerrado, Estado da Mata Atlântica, Estado do tereré e que o DNA cultural está aqui no Pantanal", disse.

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