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Jogo Aberto

Conselheiro afastado do TCE proíbe celular em gabinete

Aline dos Santos e Maristela Brunetto | 25/05/2023 06:00
Aviso já na entrada do escritório de Waldir Neves proíbe o celular. (Foto: Henrique Kawaminami)
Aviso já na entrada do escritório de Waldir Neves proíbe o celular. (Foto: Henrique Kawaminami)

Proibido celular - Uma placa chama a atenção de quem chega ao escritório do conselheiro Waldir Neves, no Tribunal de Contas do Estado. Mesmo afastado, sob suspeita de corrupção, as portas do gabinete seguem abertas e já na entrada surge o aviso: “Deixe aqui seu celular”, o que leva a crer que muita coisa falada lá dentro não pode correr o risco de ser gravada.

Passeio tranquilo - E Waldir Neves não parece muito abalado com a investigação que corre por fraude em análise de processo licitatório. Ontem, passeava feliz ao lado da esposa, fazendo compras no Shopping Campo Grande, já que o juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa, negou, ao menos "por ora", o bloqueio dos bens do conselheiro afastado.

No elevador - Outro visto "passeando", mas desta vez no TCE, foi o ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele estava no elevador privativo dos conselheiros, que leva ao estacionamento. Sem agenda oficial, a situação foi tratada como "visita de cortesia".

Insistente - O advogado André Puccinelli Júnior, servidor do TCE, afirmou nesta quarta-feira que não é candidato a nada, nem mesmo a qualquer vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado, contrariando conversas de bastidores e reforçando o que o pai já havia dito à imprensa.

Nem pensar - O problema em família, segundo ele, é que o ex-governador André Puccinelli é insistente em pedidos para que o filho entre na política e seja seu sucessor. "Ele me pede há anos, mas eu só serei candidato se for para a eleição de diretor da Faculdade de Direito da UFMS, mas isso se meus colegas validarem meu nome".

Nostalgia - O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jerson Domingues, esteve na Assembleia Legislativa na manhã de ontem para, pessoalmente, apresentar o projeto de reajuste salarial dos servidores do TCE de 12%.

Selfies - Visivelmente querido na casa, a visita gerou um clima de nostalgia, já que por muito tempo ele sentou em uma daquelas cadeiras e já foi presidente da Casa de Leis. Funcionários ficaram felizes com a visita e pediram fotos e abraços para o ex-chefe.

No preju?  - A CCR Vias, que por aqui funciona com o nome “Concessionária de Rodovia Sul-Mato-Grossense S.A”., companhia aberta que administra o trecho da BR-163 no Estado, não conseguiu distribuir lucros, porque o balanço de 2022 foi negativo, conforme a ata de assembleia realizada há pouco mais de um mês na administração da empresa. A informação não surpreende, já que a CCR devolveu a concessão da BR alegando prejuízos.

Capital fermentado - O que é curioso é que, mesmo alegando ano ruim, a empresa aumentou bem o capital social. Durante a reunião, os diretores aprovaram o acréscimo de capital, com elevação de R$ 58 milhões, distribuídos em ações no valor de R$ 1,00 cada. Assim, o capital social saltou de R$ 1.035 bilhão para R$ 1.093 bilhão, com integralização ainda em abril, segundo constou na ata, assinada por diretores e acionistas.

Degustação - Deu certo a estratégia da deputada federal Camila Jara (PT), ao distribuir produtos da agricultura familiar durante abertura dos trabalhos da CPI do MST, na Câmara dos Deputados. Um dos maiores críticos ao movimento e relator da Comissão, o ex-ministro e agora deputado Ricardo Salles (PL), provou e elogiou o suco de uva orgânico entregue pela petista e vendido pelo MST em Campo Grande.

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