Deputados avaliam quebra de decoro por tiros em sessão
Revolta – O comportamento do deputado estadual João Henrique Catan (PL) durante a sessão provocou revolta e perplexidade nos colegas. Ao votar em um projeto, que trata sobre o reconhecimento do risco da atividade de atirador desportivo, ele disparou três tiros em um estande. O ato levantou a discussão sobre uma eventual quebra de decoro parlamentar.
Não pode – Nos bastidores, dois deputados discutem se houve violação do Regimento Interno e estudam acionar a Comissão de Ética da Casa contra Catan. O colegiado não é permanente, ou seja, só seria aberto no caso da apresentação de uma denúncia. Após o voto polêmico, o deputado não participou do restante da sessão.
Pegou mal – Em um grupo no WhatsApp, nem mesmo simpatizantes de Catan apoiaram a atitude, o que o forçou a se justificar. "Eu tenho porte de armas, sou CAC [Colecionadores, Atiradores e Caçadores] e atirei dentro de uma pista de tiros, como já fiz em diversas oportunidades para treinar. Caso tenha ofendido alguns dos diletos amigos deste grupo, não tenho problemas em explicar meu ponto divergente ou pedir desculpas por eventual ofensa", escreveu.
De volta? – Deputado estadual por dois mandatos (87/95), André Puccinelli (MDB), voltou ontem à Assembleia e até participou da sessão legislativa. Pré-candidato ao governo do Estado, o ex-governador foi assediado por servidores da Casa e requisitado para selfies.
Negócios à parte – Ele foi convidado a se sentar à Mesa Diretora, onde fez breve discurso. "Confesso que tenho saudades do período em que passei aqui [Assembleia]. Um período de grande aprendizado com meu amigo, hoje adversário político, Londres Machado [PP]. Era duro, mas cumpridor de palavra", afirmou. Londres, hoje, apoia a pré-candidatura do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).
Caçada aos fakes – A Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul está atenta à disseminação de conteúdos falsos na internet, principalmente por se tratar de ano de eleição. Por representação do pré-candidato ao governo Marquinhos Trad (PSD), o juiz Wagner Mansur Saad determinou que o Facebook retirasse do ar perfil que se passava pelo ex-prefeito de Campo Grande e ainda que a empresa disponibilizasse dados do protocolo de internet (IP) do usuário que administrava a conta.
Seguindo o rastro – Com base nas informações obtidas junto à rede social, foram identificados os provedores de acesso usado pelo administrador da página fake: “Marquinhos Trad 55”. Com o ID identificado, o juiz pediu que os provedores fornecessem a identificação do usuário no prazo de 5 dias, sob pena e multa diária de R$ 20 mil.
Estrela nacional - No Guarujá, litoral paulista, para compromisso pessoal, o secretário estadual de Governo, Eduardo Rocha, ficou surpreso com a popularidade da esposa, senadora Simone Tebet (MDB), pré-candidata a presidente da República. Numa imobiliária, o primeiro questionamento era para saber da senadora. Ao visitar um apartamento, a diarista parecia não acreditar, segundo o secretário, que estava diante de Simone Tebet.
Negativo - Pré-candidata ao governo do Estado, a deputada Federal Rose Modesto (União) emitiu nota oficial ontem para deixar claro que "não será vice de ninguém nas eleições deste ano". Ela reclamou de informação que circula sobre a possibilidade dela compor a chapa de um dos outros pretensos candidatos. “Isso não é verdade. Eu não estou indecisa de nada. Muito pelo contrário, estou convicta que serei a primeira mulher governadora de Mato Grosso do Sul."
Fake news - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o Telegram, rede social de troca de mensagens instantâneas, assinaram neste terça-feira (17) um acordo para combater a propagação de notícias falsas por meio da plataforma. Com a medida, será aberto um canal para o recebimento de denúncias e para a divulgação de informações oficiais sobre as eleições. O acordo vai vigorar até 31 de dezembro.
Apelo - Os vereadores Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), e Ronilço Guerreiro (Podemos) aproveitaram a sessão de ontem para fazer apelo público à população pela doação de agasalhos nessa época do ano. Os parlamentares pediram que as pessoas busquem campanhas, lembrando que há muita gente, principalmente diante da crise econômica, que não tem o que vestir em dias frios.