Nem todo mundo está reclamando da Carne Fraca
Crise para uns – Após a Operação Carne Fraca da Polícia Federal e a suspensão das exportações de carne brasileira por países importadores, a imediata consequência para a pecuária sul-mato-grossense foi a suspensão dos abates por grandes frigoríficos, como o JBS, que paralisou as operações em seis unidades no Estado.
Bonança para outros – Enquanto isso, quem tem faturado são os açougues que trabalham com carne ‘fresca’ de frigoríficos menores. Gerente da Casa de Carnes Buriti, no bairro Monte Castelo, Felipe de Jesus era só sorrisos ao falar dos reflexos da Carne Fraca no seu comércio. Faturamento cresceu 30%, segundo ele devido a um diferencial: o local possui frigorífico próprio.
Duplicou – “Enquanto o JBS parou, nosso frigorífico em Aquidauana dobrou os abates, tivemos que alugar caminhões para dar conta da distribuição”, relata um sorridente Jesus. “As pessoas não querem saber de carne embalada de supermercado, querem carne fresca, é só atravessar a rua”, conta o gerente, apontando para o supermercado que ficam em frente ao açougue, na Mascarenhas de Moraes.
Revisor de luxo – “Aliás, chega a ser preocupante a declaração de um dos advogados da Agesul ao afirmar, com naturalidade, que sua função era apenas revisar o preenchimento de campos vazios num modelo pré-existente de edital de licitação ou de contrato, que sequer soube dizer quem o fez, observando, no máximo, inconsistências por conta de possíveis erros de digitação. Este doutor recebia, certamente, um salário compatível com responsabilidade muito maior do que a de revisar meros erros de digitação”.
Cara de pau – O trecho acima, que em outras palavras destaca a ‘cara de pau’ da alegação do acusado, consta em decisão do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneo de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho. Ele determinou o bloqueio de R$ 9,8 milhões de 14 pessoas, incluindo o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, por irregularidades em obras de rodovias estaduais.
Que fase – Que fase vive a saúde pública municipal em Campo Grande. No mesmo dia em que a prefeitura anuncia a convocação de novos médicos aprovados em concurso de 2013, a escala de profissionais, divulgada pela própria administração, conta com apenas um pediatra disponível para atender toda a rede. O pior é que esse único disponível ainda faltou ao trabalho.
Movendo as peças – Após fracassar a tentativa de cooptar Idenor Machado (DEM) para a Secretaria Municipal de Educação, a prefeita Délia Razuk (PR) tem outra carta na manga para aumentar sua base de apoio na Câmara Municipal de Dourados. Alan Guedes (DEM) teria sido convidado para assumir a pasta de Governo, abrindo vaga para um aliado de Délia, o suplente Mauricio Lemes Soares (PSB). Atualmente o placar é 10 a 9 para a oposição.
Prorrogação – Se a proposta do vereador Lívio Viana (PSDB) de prorrogar a vigência da isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços) para as empresas de ônibus até 22 de dezembro vingar, pode ser que tenhamos no futuro um embate entre Legislativo e Executivo de Campo Grande.
Sem chance? – A Prefeitura já disse que não abre mão dos R$ 10 milhões que vão entrar nos cofres do município com o retorno da cobrança, a partir de 1º de abril. Já Lívio está preocupado com um provável aumento na tarifa de ônibus, o que penalizaria a população. A bola está com a Comissão de Transporte da Câmara, que, na próxima semana, deve dar seu parecer sobre realização de audiência pública sobre o assunto.
Made in Brazil – “Após um grande esforço, estamos entregando os uniformes 31 dias depois do início das aulas. Tudo produzido em indústria brasileira”, destacou o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), ao receber lote dos produtos ontem. Só relembrando, o antecessor Alcides Bernal (PP) sofreu críticas após revelação de que havia distribuído material made in Paraguai para os estudantes.
(com Aline dos Santos, Anahi Zurutuza, Leonardo Rocha, Lucas Junot e Richelieu de Carlo)