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Jogo Aberto

Novo prefeito tocará orçamento 3,9% maior que o atual

Waldemar Gonçalves | 07/10/2016 06:00

E o Bernal? – O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), já ventilou que firmará posição neste segundo turno das eleições municipais. Não ficará neutro e nem defenderá voto nulo. Até o fechamento desta coluna, ontem à noite, no entanto, ele fazia seguidas reuniões antes de anunciar de que lado ficará, se com Marquinhos Trad (PSD) ou com Rose Modesto (PSDB).

Situação peculiar – A situação de Bernal é peculiar. Não passou do primeiro turno em sua tentativa de se reeleger e vem de um mandato conturbado. Foi cassado pela Câmara Municipal e conseguiu voltar, mas as próprias urnas indicam que ele não conquistou a maioria. Ainda assim, teve 111 mil votos.

Divisão dos votos – Boa parte dos derrotados no primeiro turno já fez suas definições. Hoje, por exemplo, Coronel David (PSC) oficializa apoio a Rose. O deputado estadual foi o quarto colocado nas eleições, obtendo 20.631 votos. Mais para o fim da tabela, Adalton Garcia (PRTB) e Elizeu Amarilha (PSDC) vão com Marquinhos.

Bancada reunidaSaúde e educação serão as áreas prioritárias a serem atendidas por emendas da bancada federal de Mato Grosso do Sul. O senador Pedro Chaves (PSC-MS) comemorou, ontem, resultado de reunião dos parlamentares federais sul-mato-grossenses no dia anterior. Segundo ele, serão destinadas verbas aos hospitais regionais de Três Lagoas e Dourados, por exemplo.

Contrapartida do Estado – Ainda segundo Pedro Chaves, está prevista contrapartida do governo estadual para viabilizar obras de construção de hospitais, compra de equipamentos e custeio. “Eu, por exemplo, já destinei R$ 1 milhão para o Hospital de Câncer de Campo Grande. Em 17 de outubro vamos inaugurar um pavilhão deste hospital totalmente equipado”, diz o senador.

Crescimento tímido – A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal já analisa a prestação de contas apresentada pela Prefeitura na sexta-feira (30). Segundo o relator do projeto da Lei Orçamentária para 2017, vereador Mario Cesar (PMDB), o crescimento projetado é “tímido”, apenas 3,94%.

Menos investimento – No total, o orçamento para 2017 deve ser de R$ 3,59 bilhões, frente aos R$ 3,4 bilhões de 2016. Apesar do sensível aumento da receita, os setores da saúde e educação devem receber menos no próximo ano, mas dentro do limite constitucional.

Sem grana – O relator da Lei Orçamentária diz estar preocupado com as promessas dos candidatos à Prefeitura, pois não há dinheiro em caixa. Para ele a população deve ser informada do que é “ilusão” e “sonho”. “O candidato não vai poder prometer e depois dizer que não cumpriu por que o caixa está ruim. Já estamos dizendo que não tem”, adverte Mario Cesar.

Decoro – A Comissão de Ética da Câmara vai se reunir na próxima quinta-feira (13) para decidir que sanções tomar contra o vereador Roberto Durães (PSC), alvo de representação por quebra de decoro movida contra ele após discurso considerado ofensivo em que fez referência à mãe do prefeito.

O caso – Em maio deste ano, durante sessão ordinária, Durães fez um discurso em que disse conhecer a mãe de Alcides Bernal “no silêncio dos edredons”. Posteriormente, o vereador se desculpou pelo episódio, mas não conseguiu se livrar-se da representação. Agora ele pode até ter o mandato cassado pelo ocorrido.

(com Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo e Mayara Bueno)

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