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Jogo Aberto

O juiz que evitou decretar as nove prisões

Edivaldo Bitencourt | 14/11/2015 07:00

Silêncio – O procurador de Justiça, Humberto de Mattos Brites, chefe do MPE (Ministério Público Estadual), adotou o silêncio em relação a Operação Lama Asfáltica. Ao ser abordado por jornalistas na Favela Cidade de Deus, ele preferiu ficar em silêncio sobre a investigação que levou nove pessoas à prisão pelo desvio de R$ 2,9 milhões dos cofres públicos.

Sem exposição – O Garras conseguiu preservar o ex-deputado federal Edson Giroto, que foi solto e voltou a ser preso na Operação Lama Asfáltica. Ele foi levado para fazer exame de corpo delito e para depor em uma viatura descaracterizada sem ser fotografado ou filmado uma única vez.

Liberdade – Neste fim de semana, os nove presos na operação deveriam deixar a cadeia em Campo Grande. Eles já cumpriram os cinco dias de prisão temporária determinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. No entanto, como foram decretadas novas prisões, só um deixou a prisão.

Eu, não – Garcete não foi o primeiro magistrado a analisar os pedidos de prisões dos acusados de desviar R$ 2,9 milhões da obra na MS-228. O primeiro pedido foi feito ao juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, que declinou competência e devolveu o processo. Já Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, acatou o pedido do MPE e mandou prender os envolvidos no escândalo.

Nova – A força tarefa do MPE, que analisa dos documentos da Operação Lama Asfáltica, deve realizar novas ações neste ano. Com base nos documentos em poder do grupo, novas operações especiais devem ser realizadas, inclusive, com os pedidos de prisões encaminhados à Justiça.

Legado – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou, ontem, que o maior legado do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi um governo de honestidade e transparência. Na sua avaliação, o governo tucano não teve lama de corrupção.

Credibilidade – Azambuja frisou que o Brasil vive uma crise de credibilidade em função das denúncias de corrupção. Outro problema, segundo o tucano, é a volta da inflação, que vem causando desemprego e corroendo o poder de compra dos brasileiros.

Na mesma linha – A vice-governadora Rose Modesto (PSDB), titular da Secretaria Estadual de Assistência Social, destacou que Fernando Henrique transformou o País. Ela lembrou a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, que serviu de inspiração para novos programas sociais, que seriam ousados e criam oportunidades para as pessoas.

Receita – O ex-presidente Fernando Henrique deu a receita para os brasileiros melhorarem de vida. Ele disse que as pessoas precisam ter confiança para melhorar as condições de vida. Ele lembrou que o analfabetismo atingiu 75% dos brasileiros em 1930, metade não usava sapatos e o símbolo brasileiro era o jeca tatu.

Negros – Fernando Henrique relembrou, durante o lançamento do programa social Rede Solidária no Bairro Dom Antônio Barbosa, que ia muito à favela para fazer a tese de doutorado sobre negros. Ele destacou que os moradores eram muito solidários entre si.

(colaboraram Antonio Marques e Leonardo Rocha)

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