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Petista falta e bolsonarista vota errado sobre regra fiscal

Maristela Brunetto, Jackeline Oliveira e Gabriela Couto | 24/08/2023 06:00
Jair Bolsonaro ao lado de Rodolfo Nogueira, em imagem postada por ele nas redes sociais.
Jair Bolsonaro ao lado de Rodolfo Nogueira, em imagem postada por ele nas redes sociais.

Bancada dividida - A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça duas modificações feitas pelo Senado no texto do arcabouço fiscal. A decisão foi dividida em dois blocos. No primeiro, os deputados federais isentaram o Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal de seguir as regras do arcabouço. Nesse caso, a maioria da bancada de MS foi favorável.

Surpresas - Votaram sim: Beto Pereira (PSDB) Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Rezende (PSDB) e Vander Loubet (PT). Duas surpresas marcaram a noite, Camila Jara (PT) nem apareceu e Rodolfo Nogueira (PL) – o Gordinho do Bolsonaro – também votou sim, contrariando a orientação do seu partido. Segundo ele, a ideia não era essa e o “sim” foi uma “falha técnica”. Já Marcos Pollon (PL) e Luiz Ovando (PP) foram firmes no “não”.

Três a menos - No segundo bloco de votações, quase tudo se inverteu. Marcos Pollon desapareceu, assim como Beto Pereira que também sumiu e Camila Jara continuou bem longe. O restante da bancada sul-mato-grossense votou 100% no “não”, contra artigo que permitia ao governo enviar, na proposta de Orçamento de 2024, o valor das despesas considerando a projeção da inflação até o fim do ano.

Oposição sempre - O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) não perde oportunidade de partir para a oposição, na maioria das vezes, sarcástica. Desta vez, quis mesmo que de forma irônica elogiar o colega José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. "O senhor falou que foi militar e na mesma época Dilma estava participando de guerrilha, parabéns por escolher o outro lado, o senhor é uma exceção no PT".

Tudo joia? - Já Zeca do PT não perdeu a oportunidade de também usar da ironia. Animado na sessão desta quarta-feira (23), questionou o motivo de o General Braga Netto ter se esquivado da imprensa. Afirmou mesmo que foi militar em um tempo bem diferente. “Os generais, naquela época, ficavam na frente dos tanques de guerra. Ontem, vi general correndo das forças da mídia… Até eu, ele logrou. Porque se o encontrasse, perguntaria: 'tudo joia, general?'”.

Defesa - Em defesa de Braga Netto, o deputado estadual Coronel David (PL) disse que o colega nunca teve problema de falar com os jornalistas, mas não conseguiu desta vez atender a imprensa. "O general me pediu pra entregar o pedido de desculpas dele, ele não pôde ficar pois já estava 40 minutos atrasado para a próxima agenda".

Faxina - David alegou que o general Braga Netto foi interventor no Rio de Janeiro, onde, segundo ele, limpou o município de malfeitores e facínoras. De acordo com ele, foram os generais que varreram o comunismo do Brasil. "Varremos o comunismo e agora vamos varrer o PT do Brasil nas eleições de 2026", bateu o parlamentar de direita.

Voz da experiência - O deputado estadual Zé Teixeira (PSDB), um dos mais experientes da Casa de Leis, aproveitou para dar um basta nessa briga monotemática. Pode ser mais velho, mas mostrou que é bem moderno em relação à velha política. "Eu não quero varrer ninguém. Lula é presidente de todos os brasileiros, inclusive, do Bolsonaro. Então, tem que arrancar esse ranço do rival e governar, e eu torço pra que faça um bom governo", ponderou.

Currículo peso-pesado - O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, recebeu uma anotação e tanto que agora vai constar oficialmente no seu histórico profissional. Ele terá registrado o trabalho à frente do julgamento dos três réus acusados de integrar organização criminosa, revelada pela operação Omertà, inclusive, com a condenação de Jamil Name Filho pelo assassinato do estudante de Direito Matheus Xavier.

Recorde do mês - Normalmente, esse tipo de anotação é pedido pelo próprio magistrado, para “incrementar o currículo”. Quem aceita ou não é o presidente do Tribunal de Justiça, hoje o desembargador Sérgio Fernandes Martins. E tais solicitações são mais comuns do que pensamos. Só nesta semana, a juíza da 2ª Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher pediu cinco anotações, de participação em eventos e cursos. Já o juiz substituto da 1ª Vara Cível de Sidrolândia bateu o recorde, solicitou 30 apontamentos, incluindo a conclusão de um mestrado.


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