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Prefeitura continua dificultando a Caravana da Saúde

Waldemar Gonçalves | 04/06/2016 07:00

Complicando – O governo de Mato Grosso do Sul ainda encontra dificuldades para tocar a segunda fase da Caravana da Saúde em Campo Grande. Segundo o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, a Prefeitura continua dificultando o fechamento de parcerias para levar cirurgias eletivas – aquelas pré-agendadas – aos hospitais. Ele lembrou que, no interior, o acerto foi rápido e imediato, mas na Capital o Executivo municipal faz questionamentos e deixa o processo mais complicado.

Habilidade política – Por falar na Prefeitura da Capital, se tem algum legado que o atual prefeito, Alcides Bernal (PP), deixará de sua gestão, é sobre sua questionável habilidade de articulação política. Ontem, por exemplo, ele se disse “refém” dos vereadores. "Imagina alguém que te faz um mal, todo mundo fica sabendo e ele continua exercendo controle sobre o teu trabalho. Você vai se sentir como?", indagou.

Culpa deles – O discurso do prefeito, cassado pela Câmara em 2014 por prática de improbidade administrativa e de volta ao cargo graças a uma liminar conseguida quase um ano e meio depois, já é bem conhecido. "Percebo claramente que eles não estão medindo consequências, não têm limites. Isso é muito grave e gera uma instabilidade administrativa terrível", completou.

Sambando – Para o prefeito , os vereadores estão "sambando na frente das autoridades" frente às denúncias da Coffee Break. "Eles não podem confundir imunidade parlamentar com impunidade do parlamentar", disse, avaliando que os representantes do Legislativo estão "brincando" com a opinião pública e desrespeitando as leis e os poderes constituídos. "Campo Grande não é terra de ninguém".

Defendendo atacando – Parece que a melhor defesa continua sendo o ataque. Seguindo este ditado, todos os vereadores denunciados pela Coffee Break apontam, em discursos bem parecidos, que ainda não são réus. “Diferente do prefeito Alcides Bernal (PP) que responde por sete ações de improbidade administrativa”, tem sido a tônica dos parlamentares.

Caos – O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha (PSDB), reclamou da demora na entrega dos uniformes escolares, que aconteceu somente esta semana, às vésperas de terminar o semestre letivo. A justificativa de Bernal não é novidade: "quando reassumi encontrei um caos, todo caos tem consequências", disse, sem prever quando chegarão os livros escolares. Neste caso quem paga são as crianças.

Sessão relâmpago – Com apenas um projeto em pauta, a sessão da Câmara Municipal na quinta-feira (2) durou pouco mais de uma hora e, de novo, nada foi votado. Questionado, o presidente da casa explicou que a matéria não foi votada devido à ausência do autor, Marcos Alex (PT). De fato, a proposta de criar ponto especial para táxi em evento público não era das mais urgentes.

Foi mal – Ao encontrar o petista papeando na antessala da presidência com o plenário já fechado, o Campo Grande News perguntou por que não ficou para a votação do seu projeto. Sem graça, o vereador disse que não imaginava que a sessão acabaria tão rápido e que estava prestando um atendimento.

Lei da mordaça – Movimentos sociais têm comparecido à Câmara desde a semana passada na expectativa da votação do projeto que restringe a atuação dos professores. Conforme o presidente, João Rocha, a ausência de um dos autores, no caso Paulo Siufi (PMDB) que não aparece nas sessões há 40 dias, não impede a votação. “Mas, estamos no prazo”, disse sobre a votação que deve acontecer nas próximas sessões.

Durães nas cobertas – Estão na procuradoria da Câmara, prestes a seguir para a Comissão de Ética, quatro requerimentos que pedem a cassação do vereador Roberto Durães (PSC) por quebra de decoro parlamentar, ao citar relação íntima com a mãe do prefeito. A informação é do presidente da casa, lembrando que as sanções possíveis vão desde o arquivamento até uma possível cassação.

(com a redação)

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