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Jogo Aberto

"Recolhes" do jogo do bicho queriam comissão pela coleta

Por Silvia Frias, Jackeline Oliveira e Gabriela Couto | 26/12/2023 06:00
Na investigação, imagem de um dos motociclistas do "recolhe", no suposto roubo forjado de malote (Foto/Reprodução)
Na investigação, imagem de um dos motociclistas do "recolhe", no suposto roubo forjado de malote (Foto/Reprodução)

CLT - A vida na contravenção também tem seus percalços trabalhistas e uma rotina, obviamente questionável, mas tão pesada quanto do trabalho dentro das quatro linhas. Que o digam os motociclistas responsáveis pela coleta diária dos valores angariados no jogo do bicho. O descontentamento dos “recolhes” virou bola de neve que descambou na Operação Successione, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Sacolinha - Na investigação deflagrada depois que casa de jogos foi encontrada no Monte Castelo, um dos motociclistas do recolhe, de 32 anos, relatou à Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos) que saía de casa por volta das 9h para fazer o “corre” em 28 pontos de apostas do bicho. Na rota da coleta, tem bares, conveniências, restaurante, mercadinho e pelo menos 10 casas no bairros Nova Bahia, Jardim Campo Belo, Colúmbia e Nova Lima.

Reclamação – Os motociclistas se revoltaram com “a empresa” do jogo do bicho, o MTS, já que eram obrigados a usar as motos particulares e não recebiam comissão pelo recolhe. O outro grupo, de olho no mercado BET (apostas esportivas), ofereceu salário de quatro dígitos e comissão de 5% depois do pagamento dos prêmios para que os motociclistas deixassem o rival para fazer parte da nova equipe. Olho cresceu, forjaram roubo de malotes para escapar do contrato com MTS, Polícia Civil investigou e deu no que deu.

De pai para filho - No feriado de Natal, como não podia deixar de ser, as redes sociais dos políticos eram só festa e descanso. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) aproveitou a folga para comandar o tradicional churrasco em família. Porém, Kemp já está preparando sucessor que o acompanhou na missão. “Natal com filhão. Aprendendo a fazer churras”.

Românticos - Na véspera de Natal, a prefeita Adriane Lopes (PP) participou da parada natalina na Rua 14 de Julho e imitou a cena romântica protagonizada pelo casal de renas, símbolo da data nas festas em Campo Grande. Ela e o marido, o deputado Lídio Lopes (sem partido), também deram a bitoca natalina.

Chorão – No caso do governador do Estado, Eduardo Riedel, o momento “vida loka” durante descanso, deslizando de skate no Parque dos Poderes, rendeu muitos comentários. A maioria se surpreendeu com o equilíbrio e teve quem teceu até elogios ao “shape” do filho, Rafael. Depois do esporte, a cervejinha devidamente registrada pela primeira-dama, Mônica, nas redes sociais, mostrando que casal raiz não usa copo modinha, mas a boa e velha camisinha de neoprene.

Cantata – Já Tiago Botelho, superintendente do Patrimônio da União, postou uma tentativa de “Noite Feliz” com a família. O momento rendeu muitas risadas, pouca afinação e autocrítica certeira. Tragicomédia com direito a “nota 3,5”, segundo o próprio.

Homenagem – A data também teve espaço para saudade que nunca passa. No primeiro Natal sem a matriarca da família, o senador Nelsinho Trad (PSD) foi ao cemitério Parque das Primaveras, onde estão sepultados os pais, e deixou a rosa preferida de cada um deles: para Nelson Trad, a flor vermelha e, para Terezinha, a flor branca.

Já volto – A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pediu afastamento da pasta a contar de 23 de dezembro até 4 de janeiro. Divulgou vídeo anunciando o descanso e comemorando o ano, com crescimento do Brasil, inserção de 2 milhões de brasileiros no mercado de trabalho e controle da inflação. Serão 10 dias de férias com a família, mas promete não ficar longe das redes sociais. “Vou alimentar com o dia a dia, com cotidiano e coisas propositivas”. Enfim, como disse Simone, “falar de coisa boa”.

À espera – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o primeiro ano de mandato sem ter pisado em oito estados, entre eles, Mato Grosso do Sul. Segundo reportagem da Folha, Lula pretende compensar as críticas relacionadas às 15 viagens internacionais gastando sola de sapato em território brasileiro. Aliás, a deputada federal Camila Jara (PT) justifica a agenda externa para a ausência em MS, mas garantiu que Lula deve vir em 2024, para inauguração da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas. E para dar apoia na sua pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande, claro.

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