Réu por morte chora e pede volta da esposa à igreja
Cena de novela – Teve choro, declaração de amor e conselho para “voltar à igreja” na videoconferência para ouvir testemunhas de defesa no processo contra réus pela execução de Marcelo Colombo, o “Playboy da Mansão”, 38 anos, ocorrido em outubro de 2018, em Campo Grande. Quatro pessoas prestaram depoimento, entre elas Eliane Benitez Batalha dos Santos, esposa de um dos acusados do crime, o ex-guarda civil metropolitano de Campo Grande Marcelo Rios.
As falas – Quando Eliane foi ouvida, na condição de informante, portanto sem compromisso de falar “verdade, somente a verdade”, Rios aproveitou para enviar seus recados, direto do presídio de Mossoró (RN), onde está. Em tom choroso, com as mãos para o alto, disse amar os filhos, disse amar Eliane, e orientou que ela voltasse para a igreja.
"Menti"– Eliane é peça-chave na operação Omertá, que investiga milícia armada acusada de pelo menos três execuções ocorridas em Campo Grande entre 2018 e 2019. Depoimento dado por ela depois de o marido ser preso e indicar paiol da organização criminosa foi uma das bases para a acusação. Mas na Justiça, ela tem reiteradamente negado tudo e acusado os responsáveis pela investigação de obrigá-la a repetir o que mandavam.
Novas datas – O juiz do caso, Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, marcou para junho as próximas audiências. No dia 22, ele pretende terminar de ouvir a defesa dos acusados. No dia 28, quer ouvir os réus. Depois disso, dá prazo para as alegações finais dos advogados e, só a partir disso, decide se eles vão ou não a júri pela execução.
Ninguém escapa – Dias atrás, Geraldo Resende, da Saúde, avisou ter sido vítima de golpistas. Agora, o secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, teve o celular clonado.
Não mande dinheiro – Riedel, por meio de seus assessores, alertou que, se alguém receber mensagem ou pedido de ajuda financeira, “é golpe. Segundo informado, as providências já foram tomadas.
Despedida – A coluna noticiou ontem a morte do delegado de Polícia Civil Luiz Sérgio da Silva, aos 55 anos, vítima do novo coronavírus, um mês depois do falecimento do pai, em Curitiba (PR). Ontem, mais uma tristeza abateu a família, já que a mãe de Luiz Sérgio também partiu.
Sangue frio – O cardiologista João Jackson Duarte, citado em reportagem do Campo Grande News sobre a prescrição de inalação com hidroxicloroquina ao deputado estadual Herculano Borges (Solidariedade) é personagem de um escândalo ocorrido em 2012 na saúde. Na época, telefonema entre ele e o já falecido José Carlos Dorsa Pontes foi apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como indicativo de fraude em documentos para esconder um erro médico.
Desabafo – Em maio de 2018, quando Dorsa morreu, João Jackson fez longo post nas redes sociais sobre o episódio da gravação. Na época, disse que só a imprensa o condenava e ao colega. Ele segue como integrante do quadro de profissionais da Medicina do HU (Hospital Universitário).
Sem resposta – Bastante ativo no Instagram, onde publica inúmeras informações sobre tratamento para a covid-19, mesmo admitindo não ser especialista na área de infectologia, o médico não atendeu ao pedido de entrevista feito ontem.