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Santa Casa pede mais dinheiro e vereadores baixam tom

Waldemar Gonçalves | 05/04/2017 06:00

Foi convidado – O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade que administra a Santa Casa, Esacheu Nascimento, participou da sessão de ontem na Câmara Municipal. O advogado apresentou resultados de 2016, se defendeu da acusação de fazer chantagem e justificou o pedido de mais repasses públicos.

Insuficiente – Esacheu reitera que o dinheiro enviado pelas administrações do município e do Estado é insuficiente para cobrir os gastos com os atendimentos e precisa de um acréscimo. Alega que nunca disse que fecharia as portas do Pronto Socorro do hospital. “Colocam na nossa boca algo que não dissemos”, disse.

Expectativa frustrada – Com os vereadores tendo demonstrado, em sessões anteriores, o desejo de fazer uma varredura nas contas da Santa Casa, a expectativa era de que houvesse um debate mais acalorado, o que acabou não acontecendo. Após a apresentação de Esacheu, a maioria dos parlamentares apenas lamentou a situação da saúde na Capital.

Mudança – Houve até alteração na ventilada possibilidade de abertura de uma CPI da Santa Casa. A bola da vez é a investigação acerca da saúde como um todo em Campo Grande, apesar de nada concreto ter sido feito nesse sentido, apenas declarações de apoio de alguns vereadores.

Realista – Mais ‘pé no chão’, o vereador Chiquinho Telles (PSD) falou que ainda há “muita etapa para queimar” até implantarem uma comissão e investigar o assunto. Além disso, voltou a questionar: “qual é a CPI que deu certo? No fim, descobrem que o que falta é dinheiro mesmo”.

Descontente – No decorrer da sessão, até que houve um momento mais acalorado, quando Valdir Gomes (PP) voltou a relembrar o caso de um jovem de 29 anos que teria sido mal atendido pela unidade de saúde. “Seu paciente foi muito rebelde”, rebateu o presidente da Santa Casa, alegando que o rapaz tirou a tala que imobilizava o braço, quando chegou em casa.

Gente séria – O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de MS), Jonathan Barbosa, elogiou a equipe do governo estadual no trabalho voltado ao setor rural. "A equipe é capacitada, mostra que com recurso na mão de gente séria, a coisa rende", comentou ele. O governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), passou o dia ontem atendendo em gabinete montado na Expogrande.

Atender todo mundo – Reinaldo ressaltou que vai investir na infraestrutura urbana dos municípios e que vai atender as 79 cidades do Estado. Sem qualquer distinção desta ou daquela prefeitura, independentemente de partido, garantiu o líder tucano.

Mais do que já foi feito – Reinaldo lembrou que tem previsão de construir 77 pontes de concreto e que isto representa 160% a mais do que já foi feito em 40 anos. "Vamos entregar tudo neste ano, produtores antigamente não tinham nem estradas para passar, apenas trilheiros", disse o governador, que também é produtor rural.

Só fofoca – O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) classifica como "fofoca de quem não tem o que fazer" informações sobre eventuais conversas entre ele e a prefeita de Dourados, Delia Razuk (PR), envolvendo secretarias municipais em troca de apoio do DEM na Câmara Municipal. A prefeita estaria, na verdade, tentando atrair o vereador e ex-secretário municipal Idenor Machado (PSDB) para seu primeiro escalão.

(com Helio de Freitas, Leonardo Rocha e Richelieu de Carlo)

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