Vereadores temem menos chance de reeleição
Manifestação – Depois da saúde, amanhã será a vez da paralisação chegar na educação. Professores da rede pública estadual vão suspender as aulas em uma mobilização nacional. Em Mato Grosso do Sul, o protesto deve deixar 270 mil estudantes sem aulas.
Desafio – O Governo estadual não tem condições de conceder reajuste salarial aos funcionários públicos. Em reunião tensa, os sindicalistas bateram o pé de que não houve antecipação de reposição salarial. Os secretários de Governo, Eduardo Riedel, e de Administração, Carlos Alberto Assis, enfatizaram que o reajuste anual já ocorreu em dezembro do ano passado e ponto final.
Greve – Os médicos prometeram esperar até hoje uma resposta da prefeitura para manter a greve suspensa. O atendimento voltou ao normal ontem nos postos de saúde. Eles exigem o pagamento das gratificações, que a Secretaria Municipal de Saúde promete fazer em 60 dias.
Justiça – Os vereadores reagiram com indignação aos boatos de que mais dois podem estar envolvidos no escândalo sexual. Até as mulheres, como Carla Stephanini (PMDB), cobraram celeridade nas investigações para tirar a suspeita que paira sobre os envolvidos.
Sem chance – A proposta dos vereadores Mario Cesar (PMDB), presidente, e Airton Saraiva (DEM), de reduzir o número de vereadores, de 29 para 23, não deve prosperar. A maioria dos parlamentares é contra a medida, que pode reduzir a chance de reeleição dos edis.
Crítica – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) não gostou da interferência do Poder Judiciário nos trabalhos do legislativo. Ele citou a liminar contra a CPI da Enersul e o decisão que suspendeu a votação do projeto dos fiscais de renda e agentes tributários.
Sem medo – O presidente da CPI da Enersul, Paulo Corrêa (PR), mudou o ditado popular. Antes, ele dizia que não se devia enfrentar pessoas com saias: padre, juiz e mulher. Agora, recorre a outro ditado para criticar o Judiciário, de que a polícia prende e o juiz manda soltar.
Apelo – O deputado estadual Felipe Orro (PDT) fez um apelo para um acordo entre a Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa. O pedetista destacou o não pagamento de salários dos funcionários do hospital. “Teve muita gente que foi comprar presente das mães e o cartão não passou”, frisou.
Duas medidas – O juiz da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, tomou duas decisões diferentes sobre o ex-prefeito Alcides Bernal (PP). A primeira foi a liminar que reintegrou Bernal ao cargo em 15 de maio de 2014. A outra foi neste mês, que o tornou réu em ação por improbidade administrativa.
Cassação – O juiz David de Oliveira Gomes Filho vai começar a ouvir os vereadores na ação em que pede a reintegração de Bernal ao cargo de prefeito. Ele deverá ouvir a maioria dos 29 vereadores de Campo Grande. A ação popular pede a anulação da cassação do então prefeito, em 12 de março de 2014.
(colaboraram Leonardo Rocha e Aline dos Santos)