Na 7 de Setembro, 3 containers viram loja onde o sustentável está até nas roupas
Quem passa os olhos pela Rua 7 de Setembro, na altura do bairro Jardim dos Estados se depara com containers que viraram loja. No total foram três que pregam a sustentabilidade da fachada ao interior. Franquia mineira, a Green Co abre as portas nesta semana mostrando que o ecológico é bacana de se vestir e apreciar.
Ao todo foi um ano de planejamento e mais de 6 meses de obra. O terreno já existente e pertencente à dona ganhou 139m² de área construída destinada à loja. Empresária de outro ramo, Eliane Dias Ferzeli, de 46 anos, procurou por algo "diferente" e deu preferência ao que fosse ligado à uma veia mais natural.
"Me encantei com esse tipo de negócio, essa visão, a coisa da sustentabilidade, do Meio Ambiente. São produtos de qualidade, bacanas e politicamente corretos", descreve. Quando procurou trazer a franquia para Campo Grande, foi apresentada à duas possibilidades: de uma loja convencional ou no formato container. Optou pelo segundo.
Arquitetura - No topo do container estão placas fotovoltaicas que vão captar a energia do sol transformando-a em eletricidade. A estrutura da loja também prevê a captura de água para regar jardim e lavar calçadas, além de fazer o tratamento dela antes de ir para o esgoto.
Por dentro, lâmpadas de LED economizam na conta de energia, além dos seis domos, aberturas que permitem que se acenda o mínimo de luz possível. O container acima, vai abrigar estoque e vitrine. No piso, ladrilho hidráulico dá o toque diferenciado e nostálgico ao local.
O projeto é da arquiteta mineira Luiza de Oliveira e executado e acompanhado aqui pela Costa Container. Junto às araras de roupas, uma ecoplaca feita a partir de tubo de pasta de dente forma o detalhe, além de sustentar as peças de maneira correta.
De início, a proprietária ressalta que o investimento é maior. Só na construção, fora o terreno, foram gastos em torno de R$ 600 mil reais, mas a previsão é de se ter um retorno a longo prazo.
Produtos - A marca prega o sustentável da etiqueta ao frescor de se vestir. Os óculos de sol, por exemplo, são feitos a partir do reaproveitamento de shape de skate. Todas as peças - tanto masculina quanto feminina - vêm acompanhados de etiquetas informando a origem da matéria prima e benefícios.
Saias e vestidos podem ser de fibra de bambu que exerce a função relaxante, além de proteção contra os raios solares e é anti-bacteriano. Outras peças podem ser de ecopets, quando a fibra é obtida a partir da reciclagem de garrafas PET ou ainda algodão orgânico e de fibra de maconha.
Os preços, segundo a proprietária, variam de R$ 80 até R$ 398 reais. "O que não difere de outras marcas boas, de qualidade, com bom corte e ainda sustentáveis", compara a dona.
A loja vai funcionar de segunda à sexta, das 9h às 19h e aos sábados até 13h, na Rua 7 de Setembro 2.397.