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Artes

Beira do rio Paraguai vira palco para orquestras "tocarem" o Pantanal

Jovens cariocas visitaram MS para vivenciar a experiência única de tocar música instrumental no berço do bioma pantaneiro

Thailla Torres | 05/12/2020 07:20
Orquestras do RJ e de Corumbá tocaram juntas na beira do rio Paraguai (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)
Orquestras do RJ e de Corumbá tocaram juntas na beira do rio Paraguai (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)

Jovens da Orquestra Maré do Amanhã, do Rio de Janeiro, visitaram Mato Grosso do Sul para conhecer a cultura regional, o bioma pantaneiro e vivenciar uma experiência única do encontro entre música e meio ambiente.

Nesta semana, eles conheceram o Instituto do Homem Pantaneiro, que trabalha pela preservação e recuperação do Pantanal e o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e transforma vidas por meio da música, dança, literatura e tecnologia, ambas em Corumbá, fronteira com a Bolívia.

Com o projeto "Vozes da Mata", este é um movimento que os levam pelos biomas do Brasil com ações diversas protagonizadas por jovens embaixadores da orquestra. Entre as atividades se incluiu intercâmbio musical. No Moinho Cultural eles tocaram juntos com a Orquestra de Câmara do Pantanal, momento único vivenciado a beira do rio Paraguai e sob o pôr do sol.

“Este encontro do Moinho Cultural, por meio da Orquestra de Câmera do Pantanal e a Orquestra da Maré do Amanhã, é algo que estamos rompendo todas as barreiras. Estamos conquistando algo que faz parte da nossa missão e especialmente da nossa visão como instituição, que é dar voz aos jovens da fronteira”, diz a diretora do Moinho Cultural, Márcia Rolon.

Os registros de viagem do grupo se resultará em um documentário que tem como realizadores a Escarlate, Inpirartes Cultural, Orquestra do Amanhã e curadoria da WWF (World Wide Fund for Nature) Brasil. A direção é de Lygia Barbosa e Ligia Feliciano.

Jovens conhecendo um pouco da história do projeto em Corumbá (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)
Jovens conhecendo um pouco da história do projeto em Corumbá (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)

Segundo o diretor e fundador da Orquestra Maré do Amanhã, uma das maiores surpresas foi conhecer um projeto cultural como o Moinho presente na fronteira. “Para nós que estamos na área cultural, que militamos pela transformação da sociedade, foi uma surpresa encontrar este tesouro, esse prédio lindo. Uma escola maravilhosa que forma músicos, dançarinos e profissionais de tecnologia. Todo mundo precisaria conhecer este trabalho”, avalia Carlos Eduardo Prazeres.

Karolaine Jarcem, integrante da Orquestra de Câmara do Pantanal, frisa da importância de momentos como este. “Essa colaboração é muito importante pois estamos vivenciando novas perspectivas e lugares. Conviver e trocar experiência é muito válido. Nós somos uma orquestra que está começando, mas temos tudo para crescer e levar o nome do Pantanal para fora”, acredita.

Todas as medidas de segurança foram tomadas para que fosse possível a ação, o projeto conseguiu parceria com a prefeitura de Ladário para que todos passassem antes por teste da covid-19.

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Bastidores do concerto entre as orquestras (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)
Bastidores do concerto entre as orquestras (Foto: Divulgação/Moinho Cultural)
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