Cineasta Givago Oliveira morre aos 40 anos, vítima de covid-19
Cineasta que vivenciava com emoção a arte de contar histórias através dos documentários, Givago Oliveira, de 40 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (15), em Campo Grande. Ele estava internado deste a última quinta-feira na Santa Casa após comprometimento dos pulmões causado pela covid-19.
Um dos trabalhos mais reconhecidos do cineasta é o documentário T’amo na Rodoviária, que conta a história Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste ou “Antiga Rodoviária”, como muitos preferem. A obra começou a ser produzida em 2011 e foi lançada em 2018, celebrando naquele ano o 96° aniversário do Bairro Amambaí, o mais antigo da cidade e berço da antiga rodoviária.
O documentário conseguiu captar a saudade que os mais velhos sentem ao relembrar os anos de glória do centro comercial. Muitos depoimentos, marcados pela comoção, nos fazem imaginar como era cada detalhe do prédio - as salas de cinema, as lojas, lanchonetes, restaurantes, banheiros, plataformas de ônibus, o entra e sai de gente.
Junto com outros artistas do audiovisual, o cineasta também encabeçou festival e projetos que levaram cinema para praças e periferias da cidade.
Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte do cineasta. “Obrigada meu amor por fazer parte da minha vida, obrigada por tudo que você fez neste mundo”, declarou a administradora do prédio comercial que abrigou a antiga rodoviária.
O artista Isac Zampieri também se lembrou de quando conheceu Givago. “Fizemos vários ensaios de cinema e desenvolvemos um projeto do Minc numa escola de periferia. Givago parecia um desses bonecos fofinhos e gostosos que com seu carinho, alimentava de amor a todos com sua generosidade. Muito foda perder mais um amigo, para essa besta de pandemia. Triste”, desabafou.