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Artes

Com jeans de brechó, Luiz cria blusas, vestidos e chapéus únicos

Todas as roupas da marca Why Not são feitas com pedaços e retalhos de outras roupas já usadas

Bárbara Cavalcanti | 29/11/2021 08:40
Peças da marca Why Not, feitas por Luiz Gugliatto. (Foto: Bárbara Cavalcanti)
Peças da marca Why Not, feitas por Luiz Gugliatto. (Foto: Bárbara Cavalcanti)

As peças que o estilista Luiz Gugliatto cria são feitas todas de jeans comprados em brechó. A Why Not, marca que surgiu na pandemia, tem o foco nessa proposta de sustentabilidade com a prática do upcycling, que é a prolongação da vida útil de uma peça. “Eu desmonto tudo, zero o tecido e então, faço a modelagem para uma peça nova”, explica.

Luiz já é nome conhecido na cidade, mas pelo seu trabalho como personal stylist. Foi na pandemia que ele resolveu executar um desejo que estava “adormecido” há décadas.

“A Why Not existe, na verdade, há uns 15, 20 anos, desde São Paulo. Mas como eu tinha partido para outras vertentes da moda, na pandemia, foi quando resolvi comprar jeans em brechó e fazer esse trabalho. E estou apaixonado”, expressa.

Saia feita com outras jeans, todas compradas em brechó. (Foto: Bárbara Cavalcanti)
Saia feita com outras jeans, todas compradas em brechó. (Foto: Bárbara Cavalcanti)

Luiz consegue replicar o modelo, mas que vai ganhar um padrão diferente, já que para ele, as peças são únicas e os retalhos são conforme o que o tecido oferece. E ele faz de tudo, desde vestidos, bermudas, saias, macacões ou blusas e até chapéus.

A marca esteve, inclusive, na primeira edição da MS Fashion Week, como uma das TOP 5 indicações do SEBRAE. “Eu tinha pouca produção, então, fiz uma coleção exclusiva para o evento, mostrei meu trabalho e minha arte”, comenta.

Luiz reforça bastante a questão ambiental. “Jeans é o queridinho do mundo. Mas entre o plantio do algodão para a finalização, são utilizados quase 6 mil litros de água. São feitas mais ou menos 180 milhões de peças de jeans por ano. Então, essa marca tem essa questão ecológica em foco”, ressalta.

Blusa com apenas uma manga feita com várias outras peças de jeans de brechó. (Foto: Bárbara Cavalcanti)
Blusa com apenas uma manga feita com várias outras peças de jeans de brechó. (Foto: Bárbara Cavalcanti)

Com recursos da Lei Aldir Banc, Luiz tinha conseguido fazer um desfile independente. “Levei várias modelos para uma pedreira e fizemos um desfile com peças lá”, detalha.

Dos 36 anos que o paulista tem experiência no ramo da moda, 25 são em Mato Grosso do Sul. Aqui, enxerga um potencial e comenta sobre os talentos locais. No Campão Cultural, na Feira dos Saberes que aconteceu durante a semana passada, Luiz teve seu stand ao lado de outros estilistas locais, como Nair Gavilan e Emília Leal.

“Aqui tem muito potencial para a moda autoral, várias criações com conceito. E a gente tem que mostrar pro mercado nacional que nós temos moda. As pessoas estão buscando a moda autoral e está começando a consciência nesse sentido”, declara.

Confira o desfile abaixo:

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