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Artes

Com música "mandioca", Júlio Queiroz lança disco em Portugal

A produção foi feita no estúdio no quarto de Julio, depois que se mudou de MS para Portugal e batizada de “1/4”

Danielle Errobidarte | 19/04/2020 08:18
Produção do disco foi feita no estúdio montado na casa de Júlio. (Foto: Divulgação/ Paula Cayres)
Produção do disco foi feita no estúdio montado na casa de Júlio. (Foto: Divulgação/ Paula Cayres)

A escolha do nome foi proposital. Quando saiu daqui para morar em Portugal, há cerca de sete meses, Júlio Queiroz decidiu que precisava de um tempo para se dedicar apenas a sua carreira como músico. Produtor musical no MS, ele não arrumava espaço na agenda para se dedicar à produção autoral. Após se mudar para o país europeu, aproveitou o momento de quietude para realizar um sonho antigo e lançar o disco “1/4”.

A produção foi feita no pequeno estúdio montado em seu próprio quarto. Antes mesmo de se mudar para Portugal, ele já passava mais tempo em casa, e não era devido a quarentena. “Estou vivendo a paternidade há 6, 7 anos. Eu e minha esposa tivemos dois filhos seguidos e o disco “1/4” representa o que sou aqui dentro de casa: uma parte dos quatro outros integrantes da família”, explica.

Uma das músicas, chamada “mandioca”, representa mais do que o alimento de origem indígena típico do Estado. Júlio explica que a faixa é um instrumental curto tocada com um tempo musical característico de artistas sul-mato-grossenses. “Ela é tocada num tempo que chamamos de ¾, que é o tempo característico da nossa musica regional. A música pop convencional geralmente é 4/4. Pensei num nome que representasse de forma simples nossa região e que fosse uma palavra nossa, até porque em outros estados a mandioca tem outros nomes”.

Capa do disco remete à conforto e piso na sala de casa em referência ao nome escolhido. (Foto: Arquivo Pessoal)
Capa do disco remete à conforto e piso na sala de casa em referência ao nome escolhido. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele já havia tentado gravar o disco algumas vezes. Por ser produtor musical, a prioridade era produzir discos e faixas dos artistas contratantes. O projeto autoral, então, ia sempre ficando para depois. “Durante dois anos fiquei tentando gravar um pouco numa semana, depois na outra, e como tinham outros artistas acabava não sobrando tempo para o meu disco. Toda vez que passava dois meses que não mexia, quando voltava percebia que não gostava mais de algumas composições. Foi então que percebi que teria que parar de me dedicar só a isso”.

Júlio tinha a expectativa de aproveitar o verão português para lançar o disco, finalizado desde janeiro. Os planos foram interrompidos parcialmente pela pandemia do novo coronavírus, mas ele resolveu lançar as canções mesmo com o imprevisto. “Já estava tudo pronto, não tinha porquê guardar. O que mudou é que no meu planejamento eu esperava participar de festivais, consertos e shows em bares, durante o verão aqui em Portugal, porque coincide com as férias e o calor. Foi uma grande rasteira que tomei, mas não sabemos se voltará ao normal daqui dois meses, quando começa a estação aqui”.

O disco ¼ está disponível no perfil de Júlio no Youtube e Spotify, e também pode ser acessada clicando aqui.

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