ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  17    CAMPO GRANDE 25º

Artes

Como a história da pequena Aurora virou música doce na voz de Llez

Além da emocionante homenagem com a canção "Aurora", cantora lançou quadro para levar música e histórias ao público

Thailla Torres | 17/04/2020 08:23


Uma música feita para uma menininha que chegou iluminando os dias de quem viveu um momento de reinvenção na vida. “Aurora”, música da cantora sul-mato-grossense Llez (leia-se ‘lês’ mesmo), é um retrato da emoção dela com a chegada filha de uma grande amiga ao mundo, e que deu nome à canção.

A música equilibra reflexão e doçura, para falar de Aurora, a estrela mais linda do céu, que segunda a cantora, trouxe emoção ao peito desde que sua amiga revelou por telefone: é menina. “O nome Aurora já estava decidido. Daí bastou eu sentar, olhar para o céu e sentir a inspiração toda comigo. A gente se preparou pra recebê-la. Compus com uma tranquilidade muito surpreendente”, diz a cantora sobre o momento da composição.

Essa é a pequena Aurora, que chegou ao mundo cheia de homenagens.
Essa é a pequena Aurora, que chegou ao mundo cheia de homenagens.

Com a música em mãos, Llez esperou o chá de bebê para revelar a canção à amiga. “Lembro da minha mão tremendo sem parar no dia. Eu sabia que aquilo era outro nível, muito diferente de show, de entretenimento. Era amor e carinho sólidos: embalados pela minha voz. A hora de cantar foi absurdo, tudo tremia. Todo mundo chorava. Tive que puxar minha voz do fundo da alma, porque ela estava querendo só sentir”.

A cantora é enfática em dizer que, apesar de cada música ser considerada um filho, “Aurora” está no topo das especiais. “Por todo esse processo profundo e sentimento puro”, justifica. “Cada uma das minhas canções tem seus pontos especiais, só as vezes alguns pontos são mais profundos que outros”, acrescenta.

Essa é a referência da música Llez, a menina nascida em Campo Grande, criada em Sidrolândia, que leva na identidade o nome Leticia Suckow Cristaldo, mas escolheu se apresentar com quatro letras após um apelido soar refinado e interessante entre os amigos. “Daí ficou LLEZ”, explica exibindo o nome em caixa alta, que agora virou marca de músicas intensas e que falam do mundo habitado pela cantora.

Llez diz que a relação com a música é de “berço”. Com uma família musical, o tio tocava em dupla sertaneja e a mãe cantava na igreja. “Eu a segui, desde os nove anos. Toquei no louvor, com um mini violão. Com o passar do tempo, a relação foi amadurecendo, e passei a compor”.

Um fragmento dessa relação com a música e também a intimidade da música “Aurora” agora estão 24 horas à disposição do público. Llez, ao lado da produtora 3Sons, criou o projeto “No seu quadrado”, que vem nessa onda de entretenimento cibernético para fazer o público “viver” a música, mais do que escutá-la.

“Teremos um vídeo falando sobre a composição às terças e e outro vídeo apresentando a canção no meu apartamento, às quintas. Cada um no seu quadrado. Teremos em abril três episódios, Aurora foi o primeiro”.

Novo trabalho mostra histórias sobre as composições da cantora.
Novo trabalho mostra histórias sobre as composições da cantora.

Com dois anos de caminhada profissional na música, Llez comenta a frustração diante de um mundo “respirando” medo por causa do contágio pelo novo coronavírus. “É, de fato, frustrante, pois tivemos que apertar pause em alguns projetos, como gravação de clipe. Mas a paciência está aí para se ter, creio que é a palavra para mim e para os meus companheiros de profissão”.

Pensando nisso, ela enxerga um futuro musical cheio de reinvenções. “Vejo que a mudança acontece correndo, e que darwinismos são práticos: quem não se adapta, já era. A função agora é aprender a explorar o mundo virtual. Ser na arte abrigo para imersão pessoal que estamos tendo durante a quarentena. É hora de sentar e mergulhar nas infinitas possibilidades que temos”, diz.

Sobre o que a estimula a compor sem “respirar o medo”, Llez atribui sua dedicação à vida. “Sinceramente? Viver. Às vezes é uma fagulha, um furacão. Pode ser o nascimento de uma criança, a morte de uma formiga, a rotina, a correria, algum momento de diversão. As pessoas me inspiram, essas trocas que em constância fazemos uns com os outros me põem a escrever; a cantar”, finaliza.

Quem quiser acompanhar o novo quadro da cantora, clique aqui.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Llez canta desde os 9 anos de idade.
Llez canta desde os 9 anos de idade.


Nos siga no Google Notícias