Documentário sobre sertanejo estreia nesta 6ª com artistas de MS
Nascidos ou consagrados nos palcos sul-mato-grossenses, obra mostra a evolução do gênero sertanejo ao longo dos anos
Os fãs de música sertaneja não precisam se contentar apenas com as lives dos artistas durante a quarentena. O documentário “Amor Sertanejo” estreia nesta sexta-feira (24) e é uma ótima programação para incluir no cronograma de quem gosta do gênero musical. Produzido com depoimento de artistas de Mato Grosso do Sul, como João Bosco e Vinícius e Luan Santana, o documentário tem direção de Fabrício Bittar e Raphael Erichsen.
O estilo musical arrasta fãs “de carteirinha” por todo o Brasil, em shows ao vivo ou festivais de música como a Expogrande e ExpoMS, na Capital, e o Villa Mix. O documentário de 77 minutos conta a história da música sertaneja que arrecada milhões de reais, e emprega milhares de artistas, produtores, técnicos e equipes de som. A cronologia começa na música sertaneja caipira, inspirada pelos clássicos de Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e Irmãs Galvão, até o fenômeno do sertanejo universitário.
O diretor e roteirista Fabrício Bittar conversou com o Lado B e explica a visão que o gênero musical passou a ter com as novas gerações, de músicos e fãs. Na forma de apresentação, antes concentrada no meio rural através dos eventos agropecuários, Fabrício faz uma análise de como, hoje em dia, o segmento sertanejo mudou e chega atrair mais público e movimentar mais dinheiro do que outros eventos já conhecidos nacionalmente, como o Rock In Rio.
“O que a gente enxergava antes é que tinha muita música sertaneja nos eventos de rodeio e agropecuários, como é Barretos e a própria Expogrande. Hoje o carro chefe ainda é o sertanejo, mas tem artista do funk e eletrônico, como Alok e Kevinho. Esses eventos deixaram de ter essa cara de ligada a feira agro e os festivais de música chegaram a outro patamar e atingem mais gente que o próprio Rock In Rio”.
Quanto ao público do universo sertanejo, o documentário também explica a diferença de faixa etária com o passar dos anos. “Quem realmente acaba consumindo mais o ritmo é o jovem, mas não só no sertanejo. Quando falamos em ritmos que bombam, quem carrega são os jovens. Aconteceu com o funk e o axé também. No sertanejo a diferença é que antes atraía um público mais velho, de tradição, e com o universitário começou a se popularizar entre os mais novos”, explica Fabrício.
Para destacar a importância de participação coletiva na produção de sucessos com milhões de visualizações, como as músicas sertanejas produzidas pelos artistas entrevistados no documentário, Fabrício explica que por trás de tudo, existem mais do que as duas pessoas que ouvimos cantar. “Fizemos questão de entrevistar todo mundo da cadeia de produção, empresários, compositores e até radialistas. Em Goiás, por exemplo, entrevistamos o radialista da rádio mais antiga que só toca sertanejo”.
O elenco ainda tem Fernando e Sorocaba, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo e Matheus e Kauan. O documentário está disponível nas plataformas Now, iTunes, Google Play, Vivo Play e Youtube.
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