Ensinada pelo pai, Jakeline virou musa nos bailes tocando sanfona
Artista aprendeu a tocar instrumento aos 11 anos e não parou mais
Leila Siqueira Vieira começou na música bem novinha e por influência do pai, Tavinho Vieira, 68 anos, que vivia tocando e cantando nos bares com os amigos. Aos poucos, a menina foi aprendendo a arte de tocar instrumentos e quando menos esperava, estava realizando apresentações. Hoje, aos 43 anos, ela é conhecida como “Jakeline Sanfoneira, a Musa Pantaneira”.
Mas, antes de contar sobre a mulher que faz sucesso com a sanfona, é preciso voltar algumas décadas, quando tudo teve início. “Comecei quando tinha 10 anos por causa do meu pai, que me incentivou a cantar. Depois de um tempo, ele achou que eu deveria aprender a tocar instrumentos e não depender só dos outros nas apresentações”, lembra.
Ela iniciou o processo de aprendizagem do violão, depois pegou o jeito, mas não parou por aí. O Tavinho era um homem esperto e de visão, por isso, colocou a filha para aprender mais um instrumento. “Ele disse que violão todo mundo sabia e me pôs para fazer aula de acordeão. Em três meses, já estava tocando”, afirma.
Leila começou a tocar em festas infantis e, posteriormente, entrou para a dupla "Jackson e Jacimar”. O nome artístico que carrega até hoje foi criado justamente nesse tempo e novamente por iniciativa do pai. “Ele tinha esses amigos, para combinar com eles, colocou meu nome de Jakeline”, explica.
Depois de um tempo, o trio “Jakson, Jacimar e Jakeline” chegou ao fim, porém a sanfoneira não saiu de cima dos palcos. Com 14 anos, ela formou uma nova dupla sertaneja com a irmã Vilma, que também ganhou um novo nome. “Ela cantava muito bem, para conciliar com o meu Jakeline, nosso pai deu o nome de Jane para ela. Depois, meu irmão se interessou por tocar guitarra e formamos uma banda. Tocamos durante 16 anos”, fala.
Depois que a banda em família acabou, a musa pantaneira não deixou de tocar e cantar. Em contato com o renomado chamamezeiro Maciel Corrêa, ela participou de gravações das músicas “Terra Pantaneira”, “Amargura e Paixão”, além do solo de chamamé “Uma noite na fronteira”.
Integrando o grupo “Desafio Pantaneiro”, Jakeline se destacou nos bailes de Campo Grande e do Estado por ser a única mulher sanfoneira. Apaixonada pelos palcos e a música, a artista trabalha agora na música de carreira solo “Filha de Campo Grande”.
A canção transmite o amor que a sanfoneira tem pela terra natal e por poder cantar. “Eu gosto muito do meu Estado, então, canto muito o regional. Quando você canta, você consegue se expressar, colocar sentimento. E quando toco, é a mesma coisa de fazer com amor, é gratificante”, finaliza.
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