Espetáculo de MS será exibido em novo projeto do Itaú Cultural
O grupo foi o único contemplado do estado no edital emergencial “Arte como Respiro”
Formas diversas de ser e estar no mundo, interpretadas por bailarinos da Cia Dançurbana, companhia sul-mato-grossense agora fazem parte da programação do Itaú Cultural. O grupo foi o único contemplado do estado no edital emergencial “Arte como Respiro”, com o o espetáculo ´Poracê: o outro de nós´ e terá esse trabalho exibido em um canal da instituição.
“Para nós a conquista deste edital é realmente um ´respiro´, um incentivo para podermos continuar nosso trabalho. Estamos há quase dois meses parados e temos enfrentado muitas dificuldades. A conquista deste edital, além de nos auxiliar neste momento, também nos sinaliza que estamos no caminho certo, que temos produzido projetos e espetáculos interessantes, dialogando com as propostas de instituições que são importantes e representativas para os artistas do nosso país”, diz Marcos Mattos, diretor da companhia de dança.
A companhia inscreveu o espetáculo no eixo Espetáculo Cênico (dança, teatro ou circo), em que poderiam ser inscritos trabalhos produzidos e gravados em material audiovisual antes do período de isolamento social. Futuramente, o vídeo do espetáculo será transmitido em um canal do Itaú Cultural. Segundo informações da entidade, o edital recebeu 7.239 inscrições e contemplou 200 propostas. Na categoria em que o grupo local foi contemplado foram 42 trabalhos selecionados.
Poracê: o outro de nós aborda aspectos da cultura local. Do Nheengatu, a palavra Poracê significa dança indígena de celebração ou baile, arrasta-pé. É um espetáculo sobre a força do conjunto, uma celebração de estar em comunidade e dos laços com o território. Em cena, experimentando corpos e sons imaginados, os intérpretes propõem formas diversas de ser e estar no mundo.
Com o atual cenário da pandemia, sem poder dar continuidade às atividades presenciais, o grupo tem focado suas ações em projetos para editais emergenciais. “Infelizmente as políticas públicas no país são escassas, os projetos e os programas também então têm dificuldade em ver o desenvolvimento, a continuidade de projetos e de companhias em todo território brasileiro. Nós, por exemplo, estamos há 18 anos criando, produzindo, apresentando, formando bailarinos e público, lutando, resistindo. Um edital como esse é extremamente importante e está ajudando muitas companhias e artistas como nós.”, finaliza Marcos.