Fantasia e aventura de livro fizeram P.J. ganhar prêmios internacionais
De Campo Grande, o escritor está conquistando o mundo literário e, através dos detalhes, cativa leitores no Brasil e na Europa
Com o livro “Espírito Perdido”, o escritor Paulo José Maia está conquistando o mundo da literatura. Isso porque, a obra lançada no ano passado já ganhou dois prêmios internacionais, como o título de “Melhor Livro de Fantasia”, no Independent Press Award, em Nova York, e o “Red Ribbon” no “Wishing Shelf Awards”, que ocorreu em Londres.
“O livro entrou para o circuito de festivais ano passado, começando pela FLIP [Festa Literária Internacional de Paraty]. Quando uma obra é lançada, é muito comum inscrever em premiações, até para alcançar novos leitores. Eu só fiquei espantado quando soube dos prêmios há poucos dias. É muito gratificante”, diz o autor.
O escritor é mais conhecido pelo nome artístico P.J. tem 33 anos, é natural de Campo Grande, mas atualmente mora em São Paulo. Ele conta que foram cinco anos até concluir o livro, que está recheado de fantasia, aventura e mistério. “Quando comecei a escrever, não pensava em publicar, via mesmo como um hobby. Por isso escrevi sem pressa, sempre que o trabalho permitia um tempo livre”.
A obra foi publicada primeiramente em inglês, como “The Missing Spirit”, mas logo ganhou versões em português. “Falo inglês desde criança e morei um bom tempo nos Estados Unidos. Foi uma professora americana de literatura quem me percebeu como escritor pela primeira vez, então escrever ficção em inglês acabou se tornando instintivo a partir dali”, diz.
A obra se passa há 200 mil anos, quando várias espécies proto-humanas vagavam pela Terra. Entre elas, uma não foi documentada: os Divinos. Esse povo imortal tinha dons e habilidades fenomenais, alimentados por um mineral misterioso remanescente de um asteroide conhecido como pedrazul.
“Espírito Perdido” começa num momento em que a sociedade Divina se tornou altamente sofisticada, enquanto os povos selvagens do mundo exterior ainda lutam para fazer fogo, caçar gigantes lanosos e sobreviver a uma árdua “Era do Gelo”.
Foram anos de dedicação e muita criatividade, porém, o escritor afirma que não é difícil produzir um livro. “Não para quem gosta bastante de escrever, pelo menos. O que acontece é que escrever é só a primeira etapa. Depois é preciso ler, reler, corrigir, editar, fazer bastante pesquisa, pedir observações de outros leitores. Não é um processo rápido”, explica.
Além disso, P.J. revela que a “fórmula” para escrever um bom livro ou concluir qualquer projeto é ter persistência e não se levar tão a sério. “Senão a gente fica esperando que nossa história fique perfeita para poder publicar e a perfeição não existe”.
O escritor comenta sobre a importância de valorizar a leitura e a criatividade no Estado. “Mato Grosso do Sul é um lugar mágico e cheio de histórias interessantes. Temos que ter mais vozes sul-mato-grossenses nas estantes das livrarias do Brasil e do mundo também”.
Após o sucesso do “Espírito Perdido”, P.J. relata que o universo do livro é bem extenso. “Sinto que os personagens ainda têm muitas aventuras para viver. Tenho muitas ideias de como continuar a história e já venho escrevendo algumas cenas que devem ser o ponto de partida do segundo livro”, adianta.
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