Gláucia solta imaginação com bordado livre cheio de detalhes
Antes de dominar a técnica, ela praticou muito e hoje cria retratos e flores com linha e agulha
O bordado sempre fez parte da vida de Glaucia de Almeida que aprendeu a atividade na infância através de uma ONG na comunidade onde cresceu no Rio de Janeiro. Aos 29 anos, ela produz peças no estilo bordado livre que se destacam pela beleza, cor e delicadeza.
Gerente de uma instituição financeira, ela divide o trabalho com as encomendas, mas nem sempre foi assim. Durante um período, ela se afastou da atividade, mas depois o bordado voltou a fazer parte do cotidiano. “Há uns seis anos comecei novamente a pensar o quanto o artesanato me fazia falta, o quanto essas atividades me acalmavam e comecei a fazer novamente, mas só produzia para mim”, diz.
Durante a pandemia, Gláucia saiu de Campo Grande para ficar com a família no Rio de Janeiro. Com planos de casar, mas sem dinheiro, o bordado veio como alternativa de renda extra.
“Uma senhora me fez uma encomenda de toalhas de ponto cruz para presentear no Natal alguns familiares. Quando peguei as toalhas vi que não tinham os pontos do etamine e ao questioná-la ela disse que queria desenhos feitos no bordado livre. Eu não tinha ideia do que era”, conta.
A curiosidade levou ao amor à primeira vista pelo estilo. “Vi o quanto poderia criar e a partir disso fiquei encantada. Enxerguei tanta possibilidade”, afirma. Como não tinha facilidade em aprender pela internet, Gláucia recorreu a senhora, que se dispôs a ensinar o que sabia.
Para conseguir fazer o bordado livre, a artesã se dedicou e literalmente deu o sangue. “Meus dedos sangravam de tão finos que ficavam por insistir”, conta. Aos poucos, os desenhos foram tomando forma no tecido e quando Glácia retornou à Capital tudo mudou.
“Quando voltei para Campo Grande não conseguia emprego já que era o auge da pandemia e decidi começar a divulgar minhas peças e aos poucos foram chegando encomendas. Iniciei a exposição nas feiras e consegui ir me mantendo apenas com o bordado”, relata.
Para quem no começo teve dificuldades, Gláucia passou a dar aulas. A artesã ressalta a importância que a atividade tem na vida dela. “O bordado se tornou minha maior paixão. Criou novos horizontes, me fez enxergar um mundo diferente. De tudo, o mais precioso foi o fato de ter conhecido pessoas incríveis e o fato do bordado ter me reconectado tanto comigo mesma”, destaca.
No Instagram, ela compartilha os trabalhos personalizados que trazem diferentes desenhos. Árvores, pássaros, flores, retratos e muito mais são inspirações para Gláucia. Quem quiser acompanhar o trabalho, o perfil é @bordadolivrecg
Confira a galeria de imagens:
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