Grupo visita túmulo de Glauce Rocha e pede bênção para espetáculo
Ato símbolico e artístico enalteceu a potência da atriz campo-grandense que morreu em 1971
Quando o ator e diretor teatral Fernando Lopes leu pela primeira vez o livro de José Octávio Guizzo sobre a história da atriz Glauce Rocha, se apaixonou. Ele já tinha conhecimento sobre a história de vida da artista, mas não de forma tão íntima, como as palavras de Guizzo proporcionaram.
E foi essa proximidade, graças a um convite da atriz Andreia Freire para que Fernando dirigisse um podcast sobre a obra de Guizzo, que Fernando não tirou mais Glauce Rocha da cabeça.
Por isso, na tarde deste sábado (30), o diretor e um grupo de amigos decidiram visitar o túmulo de Glauce Rocha no cemitério Santo Antônio. Sem nada ecumênico ou religioso, a visita foi simbólica e artística, com canções e um pedido de bênção da artista para um espetáculo que será estreado em breve.
“A Glauce Rocha morou na Avenida Calógeras. Quando eu passo por ali fico imaginando ela andando. Quando descobri que ela foi enterrada em Campo Grande fiquei com uma vontade enorme de ir até lá fazer uma visita de forma respeitosa. Ela foi uma atriz gigante”.
Há alguns meses, Fernando também foi convidado pela atriz Laura Santoro, para dirigir o espetáculo “Como Nascem as Estrelas”, que tem estreia marcada para outubro. Um texto que fala exatamente de ser artista, de memória, de registro, de saudade, de luta, de paixão pelo o que se faz.
Por isso, antes de levar a obra aos palcos, Fernando e Laura decidiram ir até o túmulo de Glauce. “Isso faz parte da construção do personagem. Vamos pedir uma bênção, afinal, é um orgulho ter uma atriz dessa dimensão na nossa história. Ela faleceu em São Paulo, mas ela pediu para ser sepultada em Campo Grande”, destaca o diretor.
O convite aos amigos surgiu de última hora, mas quem compareceu se emocionou. De maneira respeitosa, o grupo cantou a música “O Rio” de Marisa Monte, falou sobre a artista e deixou homenagens em forma de palavras. “Que a gente nunca esqueça que ela é foi uma potência artística, que lutou pela classe e que, se vive estivesse, seria tão grande como Fernanda Monte Negro”, finaliza Fernando.
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