Inspirado pelos desenhos, Matheus já conseguiu chegar até Djonga
Aos 16 anos, o campo-grandense produz quadros que foram notados pelos rappers Djonga e FBC
Aos 16 anos, Matheus Leony Vaz Cardoso conseguiu que seus quadros fossem notados por importantes rappers da cena nacional. Por meio da arte, ele chegou aos músicos mineiros Djonga e FBC.
Matheus conta que desenha desde criança e na escola teve a oportunidade de expor pela primeira vez os trabalhos. “Comecei a definir meu estilo aos 12 anos. Foi na mesma época que comecei a fazer grafite no projeto da escola e participei de exposições”, explica.
Nessa fase, o artista esclarece que descobriu ser possível seguir carreira na área. “Para mim foi uma coisa muito boa, porque me identifiquei e foi quando percebi que dava para levar como trabalho. Foi diferente, muito revelador”, expressa. Mesclando grafite e cartoon, o jovem revela quais são as principais referências que traz para os quadros. “Pego vivências, momentos, pessoas que conheço e músicas que escuto. Também pego referência do meio da moda, porque costumo colocar marcas de roupas e essas coisas”.
Graças a música, ele conseguiu chegar nos músicos que mais admira no contexto do rap. Há 3 anos, Matheus fez um desenho para o FBC e, desde então, ambos ficaram próximos. “Tem um outro artista que conheço e ele virou meu amigo. Fiz um desenho digital, marquei e ele começou a me seguir e incentivar muito. Ele deu a ideia de começar a desenhar os rappers para divulgar”, conta.
Devido a essa amizade, Matheus teve a oportunidade de conhecer no ano passado o Djonga e mostrar o quadro que tinha feito. O músico fez apresentação na primeira edição do Campão Cultural, em Campo Grande. Na ocasião, o jovem relata que pediu ajuda para conseguir ter acesso ao artista mineiro. "Quando teve o show, fiquei doido, mandei mensagem pro FBC e consegui ir”, lembra.
Em maio desde ano, o trabalho de Matheus chegou aos músicos e as pessoas de Belo Horizonte. O artista levou quadros para a cidade, pois foi novamente convidado por FBC e Djonga para prestigiar um show. "Eles me convidaram, curti o show de palco e tudo isso por causa da arte. Eu tinha um monte de quadros, vendi tudo em Belo Horizonte”, comemora.
Na visão do jovem, é maravilhoso ter conseguido ter o trabalho reconhecido em outro estado. “É um negócio muito louco, porque não tenho muitos seguidores, mas é uma galera que reconhece meu trabalho. É doido, porque sai de um lugar pequeno”, fala. Para ele, o significado é mais especial, pois o grafite costuma ser alvo de preconceito. "A arte da periferia são vandalizadas, vistas de forma feia, acham estranho ,mas não tem nada a ver, é arte também”, reforça.
Com planos de estudar belas artes em Minas Gerais, Matheus sonha com o dia em que conseguirá montar uma exposição. “Vou fazer dez quadros, tentar criar uma exposição, ganhar mais reconhecimento e chamar a atenção”, conclui. Quem quiser conhecer o trabalho dele, o Instagram é @leon__067
Confira a galeria de imagens:
Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).