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JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 17º

Artes

Nova exposição da Galeria de Vidro une fotografia, lambe-lambe e pintura

Thailla Torres | 30/11/2022 12:03
Neste ano, Mareco foi indicado para o 1º Prêmio Megafone de Ativismo Brasileiro.
Neste ano, Mareco foi indicado para o 1º Prêmio Megafone de Ativismo Brasileiro.

Começou nesta terça-feira (29) mais uma exposição na Galeria de Vidro, dentro da Plataforma Cultural, com entrada gratuita. A exposição une o lambe-lambe e registros fotográficos de Léo Mareco e as pinturas a óleo de Kim Matos.

Leonardo Mareco tem 25 anos e é um dos principais nomes da nova geração da arte urbana de Mato Grosso do Sul. O jovem é formado em Artes Visuais – licenciatura pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e há anos vem realizando intervenções pelas ruas da Capital que se conectam com a arquitetura e o contexto local, criando assim uma nova atmosfera mais sensível dentro de um processo de cidadania de conscientização.

Neste ano, Mareco foi indicado para o 1º Prêmio Megafone de Ativismo Brasileiro, promovido pelo Greenpeace e pelo WWF, e foi um dos selecionados para a CUÍCA, primeira residência de artistas de lambe-lambe do Brasil. Para o Prêmio Ipê de Artes Visuais, o artista decidiu trazer ao público justamente essa técnica, que vem ganhando destaque novamente na cultura urbana de Campo Grande. Os trabalhos consistem em pinturas ou imagens impressas em papel que são colados em muros. Diferentemente do grafite, que é feito na hora, o lambe-lambe pode ser produzido com mais calma em casa pelos artistas e aplicado rapidamente nas superfícies.

A coleção que estará exposta, intitulada “Intervenções Pandêmicas”, foi produzida durante a crise sanitária provocada pela covid-19. Mareco afirma que as pessoas puderam “ter a clara noção de que as diferenças sociais se acentuaram ainda mais” durante o período. Pensando nisso, ele espalhou conteúdos reflexivos sobre o tema em pontos que iam ao encontro dos transeuntes. Por se tratar de uma obra efêmera, que pode ser removida por ações do tempo ou de pessoas, Mareco tratou de fazer registros fotográficos de cada intervenção, que também serão expostos na galeria.

Junto do trabalho de Léo estarão as pinturas de Kim Matos, que foi contemplada com a coleção “Alumia” – sua primeira exposição artística. Nas palavras da autora, a exposição é “uma carta de amor, um processo crescente, morada para guardar o que há de mais puro e verdadeiro no ser. Entre curvas e encruzilhadas, o movimento da ascensão se apresenta, convite aberto para mentes despertas que buscam retomar raízes sensíveis entre natureza, corpo e território”.

Kim Matos também é formada em Artes Visuais – licenciatura pela UFMS. Conta em seu currículo uma exposição no Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul, em conjunto com a coletiva Descendentes de Lídia; também fez residência artística pelo Estúdio Laranja Orgânica (SP) e foi convidada para a Conferência da Juventude pelas Ações Climáticas do Mundo (LCOY), ações da ONU versão Brasil. Em seus trabalhos, busca retomar as raízes sensíveis entre natureza, corpo e território, fazendo uso de diferentes plataformas: pintura, desenho, performance, poesia e vídeo.

Atualmente Kim vem realizando pesquisas no campo das medicinas da floresta Ayahuasca e Rapé, produzindo pinturas durante cerimônias ritualísticas. Kim é arte-educadora e desenvolve mentoria de arte on-line para artistas da nova era, com mais de 50 participantes de 22 estados do Brasil.

A Galeria de Vidro fica dentro da Plataforma Cultural, na  Av. Calógeras, 3015 - Centro. A entrada é gratuita.

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