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Artes

Obra do Teatro do Paço Municipal é prorrogada e só deve terminar em 2025

A reforma que começou em 2022 custa R$ 1.117.567,51

Por Izabela Cavalcanti | 13/08/2024 15:21
Fachada do Teatro do Paço José Octávio Guizzo, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Fachada do Teatro do Paço José Octávio Guizzo, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

A reforma do Teatro José Octávio Guizzo, anexo ao Paço Municipal, foi prorrogada por mais 8 meses, ou seja, até abril de 2025. A mudança foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande, desta terça-feira (13).

De acordo com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), a prorrogação foi necessária devido a necessidade de se fazer uma reprogramação no projeto "para que fosse melhorada a impermeabilização da cobertura e a troca do sistema de ar condicionado, além da troca de esquadrias"

A decisão da obra foi anunciada em agosto de 2022. A prefeitura de Campo Grande prevê desembolsar R$ 1.117.567,51 para a readequação do espaço que não recebe espetáculos há, pelo menos, 17 anos.

A revitalização prevê a troca de poltronas, forro, ampliação do palco, rampa de acesso e adaptação dos banheiros para acessibilidade, instalação de ar condicionado, além de resgatar o mezanino, que voltará a ser um espaço das artes plásticas, fotografia e lançamentos literários.

O Teatro Octávio Guizzo tem capacidade para 250 espectadores. Foi inaugurado há mais de 40 anos. O projeto do prédio da Prefeitura Municipal, incluindo o do Teatro do Paço, foi feito pelo arquiteto Círiaco Maymone, o mesmo projetista do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão.

O teatro recebeu a sua denominação em 1989 com a morte do José Octávio Guizzo, músico, radialista, advogado e ativista cultural. Além disso, o local já passou por duas reformas, a primeira em 1989, e depois em 1992.

Problema - O PAAR (Plano Anual de Aplicação de Recursos) da Lei Aldir Blanc, divulgado pela Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), prevê a destinação de R$ 5,7 milhões para artistas, escritores e outros fazedores de cultura. A lei foi sancionada em 2020 para ajudar profissionais que sofreram as medidas de distanciamento durante a pandemia de covid-19.

Deste total, R$ 1,4 milhão serão investidos na aquisição de mobiliário para Morada dos Baís e o Teatro do Paço Municipal José Octávio Guizzo. No entanto, artistas se posicionaram contra o uso deste valor.

Representante do Fórum Municipal de Cultura, que reúne cerca de 800 artistas, Vitor Samudio, compareceu à Câmara Municipal no dia 1° de agosto para reclamar do plano.

Segundo os artistas campo-grandenses, o ato é ilegal já que o valor não será usado somente para os profissionais, mas para prédios públicos. Com a pressão da classe, o projeto, que previa a criação de um crédito especial para remanejar parte dos R$ 5,7 milhões foi retirado da pauta.

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