Rômulo transforma sucata em “exército” de robôs para se divertir
Estátuas são todas feitas com o que resta do material de serviços de tornearia mecânica que Rômulo faz
O torneiro mecânico Rômulo Martins, de 55 anos, tem um hobby que está espalhado por Campo Grande. Ele é o autor dos “robôs” feitos de sucata que ficam em frente à alguns comércios da Capital. Todo material vem do resto de serviços que Rômulo faz como torneiro mecânico.
Pela cidade, se você já passou pela avenida Gunther Hans, pela padaria Tietê, na Tamandaré, próximo à Júlio de Castilhos ou já foi no Comando Militar, onde fica o Esquadrão Pelicano, então já viu uma amostra do trabalho de Rômulo.
E na casa e oficina dele, no Bairro Taquarussu, há ainda muito mais esculturas por toda a parte. São robôs grandes, de 1,70m e outros menores, que cabem na mão. Há robôs segurando armas, guitarras, espadas, além de coisas mais simples, como uma locomotiva ou uma bicicleta.
“É só um hobby mesmo, que eu faço para me divertir e para aliviar o stress. Tudo começou quando eu fiz uma âncôra para um rapaz em Corumbá há uns 20 anos. E ficou tão legal que ele levou para a casa dele para colocar de enfeite”, relembra.
As peças são todas feitas com restos de material de serviços de tornearia mecânica, a principal profissão de Rômulo. Quanto ao passatempo, o artista é completamente desligado em ter um portfólio ou em divulgar sua arte.
Não tem redes sociais, não documenta nada, e em algumas peças nem mesmo lembra de assinar. Nem pretende mudar nada nesse quesito, gosta mesmo das coisas do jeito que estão, fazendo as peças por hobby ao som de rock bem alto.
“Uma vez fiz uma estátua e aí essa pessoa para quem eu dei, resolveu presentear o Chorão, do Charlie Brown Júnior. Chorão inclusive me ligou e eu achei que era trote. Só que eu nem assinei essa estátua, e até hoje nem tenho foto”, ri.
Mas mesmo quase no anonimato, Rômulo diz que encomendas nunca faltam. “É sempre no boca a boca, sempre alguém que pega meu contato com outra pessoa. Já teve uma mulher que conseguiu meu número com um amigo dela de Portugal”, comenta.
Na vizinhança, as esculturas fazem sucesso, assim como na família também. “Meus filhos amavam quando eu levava escultura de dinossauro pra escola deles”, lembra. E ainda diz que os vizinhos pedem para entrar e tirar foto.
“O pessoal fica fascinado, mas às vezes meio com medo. Uma vez, eu fiz um Exterminador e coloque até luzinhas com sensor de movimento nos olhos dele. Uma velhinha se assustou bastante. Mas eu tirei ele daqui, porque até eu um dia eu levei um susto sozinho”, ri.
Para quem tiver interesse em fazer uma encomenda, é só entrar em contato com Rômulo pelo telefone (67) 99237-7325.
Curta o Lado B no Facebook. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.