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Comportamento

Amanda diz em livro que não é na balada que se arruma marido

Pronta para críticas, protagonista do o 1° beijo no altar, Amanda passou a dividir formas conservadoras de se dar bem no amor.

Thailla Torres | 21/04/2020 07:48
Amanda diz ter uma opinião diferente sobre a busca por um relacionamento amoroso.
Amanda diz ter uma opinião diferente sobre a busca por um relacionamento amoroso.

A crença de alguém pode ser algo odiado e amado em intensidades diferentes. Assim como há quem simplesmente rejeite o que o outro acredita, há quem se entregue ao pensamento imediatamente. Talvez, por isso, leitores sugeriram falar do lançamento do livro da pastora e escritora campo-grandense Amanda Secco, que nesta segunda-feira (20) lançou na internet a obra de 131 páginas “Chega de migalhas é hora do banquete – Você será feliz no amor, sim!”, e chegou causando.

Famosa como a noiva que deu o 1° beijo no marido no altar, e que ouviu muitas críticas pela decisão, Amanda compartilha com a mulherada a própria experiência amorosa e mudanças que garantiram a ela um novo relacionamento. Questionada sobre a coragem de lançar um livro dedicado às mulheres com um discurso que prega liberdade, mas também as condiciona sobre formas adequadas de se vestir, por exemplo, ela assume a bronca e se diz pronta para enfrentar as críticas.

Na opinião de Amanda não existe meio termo: “Eu acho que a mulher atrai aquilo que ela mostra, como tudo na vida. Eu acredito que ela pode ter um coração lindo, um coração maravilhoso, mas se ela se veste de uma outra forma, ela não vai atrair um homem bom, isso é uma coisa bem pessoal, de uma experiência minha”, justifica a escritora sobre ter abandonado nos últimos anos as roupas curtas e as baladas, como já afirmou nas redes sociais. “Quando eu saía para as festas mostrando partes do meu corpo eu atraía homens que queriam meu corpo e não o meu coração”, acrescenta.

Capa do livro lançado nesta segunda-feira.
Capa do livro lançado nesta segunda-feira.

Ela diz que não julga quem pensa diferente e sabe que as afirmações, polêmicas para quem discorda, vão na contramão da liberdade pregada pelo feminismo, mas defende que a mudança de vida deu certo. “Eu sei que muitas vezes se prega que a mulher tem que andar, beijar, vestir, andar e fazer o que quiser. Só que muitas vezes eu verifiquei que a liberdade estava atraindo para as desgraças. A visão que eu tenho hoje é que os homens não vão respeitar da noite para o dia, é necessária uma consciência de valorização da mulher, que ela se conscientize. Se ela quiser fazer o que quiser, que ela arque com consequências dessa liberdade”, diz.

Além disso, a maior parte do livro fala das ausências emocionais e de como muitas mulheres mendigam o afeto. Amanda acredita que antes de qualquer mudança de comportamento a mulherada precisa se compreender. “Eu verifiquei que muitas mulheres tiveram a ausência emocional dos pais e isso criou um vazio afetivo dentro delas. Elas crescem com uma necessidade de carinho e afeto, essa ausência de paternidade gerou muitos danos na vida dessas mulheres, e quando chega a uma certa idade elas procuram em um homem aquilo que elas não receberam, elas começam a aceitar qualquer coisa desse homem. Essas mulheres começam a aceitar abusos emocionais, humilhação, elas se entregam facilmente. E acredito que tudo dela é precioso, não dá pra entregar tudo de qualquer forma e qualquer jeito”, diz.

A escritora e pastora é categórica em falar que se baseia no Deus que acredita, e que o seu pensamento não é moldado por igreja ou religião e sim na experiência que teve com a própria fé. “Para mim o amor de Deus não é religião, aliás, não prego religião, apenas ter uma espiritualidade ativa com o criador. Ter um acompanhamento espiritual é ter um caminho, e isso é o que o ser humano anseia dentro de si. Ele acha que é em outro ser humano que vai encontrar esse amor perfeito, mas não é, por isso, eu resolvi sair da superficialidade de práticas religiosas e ter uma amizade com deus”.

Amanda também não acredita que falar só para as mulheres, e o que elas devem fazer, reforce a submissão. “Eu vejo que existem dois lados dessa palavra: a forma como a sociedade distorceu, que é como se a mulher tem que se rebaixar, humilhar, passar pra trás tudo e obedecer. Mas a submissão, na vertente cristã, quer dizer sobre a proteção, zelo e segurança”.

Questionada se acredita que a mudança é um dever só das mulheres, ela nega, e afirma que em breve lançará um novo título aos homens, especialmente sobre o machismo, que segundo ela, é a principal mudança necessária dos homens. “Ele existe, ele é real, eu vejo o quanto o machismo deturpou, a mulher precisou mudar, se revoltar e ocupar posições que ela não precisava estar ocupando. Eu tenho um verdadeiro pavor do machismo, eu sofri muito com o posicionamento errado de homens. Hoje, eu bato na tecla para mulher ser ativa e não esperar só que os homens mudem, mas que ela precisa se valorizar e isso cause uma corrente de inspiração”, opina.

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