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Comportamento

Amigas usam reforço para que educação permaneça na periferia

Thailla Torres | 28/06/2020 09:02
Criança de máscara, durante reforço oferecido pelas estudantes.
Criança de máscara, durante reforço oferecido pelas estudantes.

Vivendo numa região periférica em que maioria das famílias tem mais de três crianças em casa, a estudante de Pedagogia Vitória Rodrigues Araújo, de 20 anos, decidiu fazer algo para ajudar famílias de baixa renda.

O salão que até então estava sem uso dentro de casa virou sala de reforço escolar. A estudante deixa claro que o lugar não é sala de aula, por isso, recebe poucas crianças, respeitando medidas de prevenção contra o coronavírus. Mas é uma forma de continuar ensinando crianças que, às vezes, nem tem acesso a conteúdo online.

O projeto de Vitória que hoje é dividido com a amiga e também estudante de Pedagogia Maria Eduarda do Carmo da Silva Cavalcanti, de 20 anos, iniciou como reforço escolar com alunos pagantes. Mas Vitória queria ir além e auxiliar alunos que não pudessem pagar, por isso, abriu vagas para crianças de baixa renda.

Vitória e Maria Eduarda precisam de ajuda para continuar ensinando a meninada.
Vitória e Maria Eduarda precisam de ajuda para continuar ensinando a meninada.

No entanto, hoje, precisa de apoio para comprar materiais, cadeiras e mesas, para dar continuidade e formar turmas em diferentes horários, evitando assim aglomerações, para continuar ensinando e divertindo a meninada.

“No salão ainda temos espaços, para colocar mais mesas e cadeiras para poder receber mais crianças baixa renda cumprindo aquelas medidas de distanciamento. Hoje, nossos pedidos de doações são para o projeto social. Temos os alunos pagantes e temos as crianças do projeto que não pagam nada e também frequentam o projeto 3 vezes na semana com duas horas de aula. E o tratamento é igual, ajudamos com as apostilas e auxiliamos nas dúvidas de cada criança, alfabetização e letramento”, explica a estudante.

Na região, Vitória explica que há muitos pais que mal sabem ler ou escrever. “A maioria não estudou e os que estudaram tem muita dificuldade de ensinar os filhos. E vale lembrar que as escolas têm mandado muitas atividades, concordo com isso, porém, há casos em que a criança não aprendeu a continha de multiplicação, sendo assim agora ela não saber a de divisão e tampouco os pais saberão ensinar, ainda mais os pais sem recursos como estudos, internet, um celular ou computador”, lembra a estudante.

A ideia é continuar ajudando crianças e oferecer materiais para estudos e atividades lúdicas. Quem quiser ajudar o Projeto Reforço, o telefone para contato é (67) 98152-6756.

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