Anderson faliu aos 20 anos, mas não desiste do sonho de ser empresário
Na Avenida Guaicurus, ele vende camisetas e bermudas para sustentar a mulher e a filha de 1 ano
Anderson Gimenes Valverde, de 23 anos, não desiste do sonho de empreender, crescer nos negócios e ser um grande empresário. Após falir aos 20 anos, ele decidiu tentar de novo vendendo camisetas e bermudas em uma das calçadas da Avenida Guaicurus.
Há 3 meses, o jovem passava pelo endereço em frente à igreja quando teve a ideia de levar as mercadorias para o local. Ele conta que até então estava comercializando apenas para pessoas próximas.
“No começo, vendia pros amigos, mas não estava dando muito bom. Passando na rua, parei na Guaicurus e falei: ‘Por que não vender na rua?’ Peguei dois cabides e comecei”, diz.
As peças fazem sucesso na região e o empreendedor celebra que semanalmente consegue vender toda a mercadoria, que é composta por até 150 peças. “Graças a Deus está dando certo. Muitas pessoas apoiam, deixam mensagens de incentivo”, afirma.
Na rua, as peças disponíveis são divididas em duas opções de camiseta. A primeira é a malha peruana fio 40.1 com elastano e a segunda a malha premium fio 30.1. Em diversos tamanhos e modelos, as peças são estampadas ou lisas e saem a partir de R$ 70.
Além delas, Anderson vende shorts e bermudas jeans a partir de R$ 90. O kit da bermuda e a camiseta sai a R$ 150. Dependendo do valor, o jovem parcela no cartão.
De segunda a domingo, das 9h às 18h, Anderson trabalha para garantir a renda da família. Pai de uma bebê de 1 ano, ele relata que ao lado da mulher passou dificuldades. “A gente passou muito aperto, ficou um mês comendo só ovo”, recorda.
O que o fez querer tentar novamente e empreender foi justamente a família. Morando com os pais no Bairro Jardim Canguru, Anderson trabalhou como motoboy até os 20 anos. Na época, ele abriu o delivery de açaí que funcionava em casa.
“Eu trabalhava de motoboy e não estava dando muito bom. Eu tive uma filha e pra não passar muito tempo longe da família entregando, abri o açaí. Eu fazia tudo, tinha dias que não dava conta, ficou trabalhoso e começou a cair o movimento”, explica.
Após 2 anos com o negócio funcionando, ele precisou sair da casa alugada e fechar o açaí. Como faliu, Anderson vendeu os móveis da casa e voltou a morar com a mãe. Para se ‘reerguer’, ele agora trabalha com a venda de camisetas.
Quem quiser comprar algumas das peças, ele trabalha na Avenida Guaicurus, 4640, na esquina com a Rua Catiguá.
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