Aos 15 anos, paixão de Rafa é ‘dividir’ oficina da família com avô
Paulino criou toda a família graças à profissão de mecânico e, agora, repassa aos netos
Inspirada pela mãe, Rafaela Yukari Toyota de Matos transformou as horas livres em momentos a serem divididos com o avô na oficina mecânica da família. Apaixonada pela convivência com Paulino Haryoshi Toyota, a adolescente de 15 anos ganhou até uma maleta de ferramentas para incentivar o gosto pela profissão.
Contando sobre a história da família em Anastácio, Paulo detalha que veio de uma família de oito irmãos, sendo quatro homens e quatro mulheres. “Todos os homens seguiram a mesma profissão e vivemos disso. Comecei a trabalhar na área de autoelétrica ajudando os primos e montamos nossa oficina com meus irmãos quando ainda tinha uns 20 anos de idade”.
Sem abandonar o ramo desde então, ele conta que não esperava o mesmo interesse vindo da neta, mas que foi surpreendido durante as últimas férias escolares.
A adolescente explica que inicialmente, a ideia surgiu de sua mãe como uma forma de ajudar o avô, que possui mobilidade restrita devido ao quadril. “Comecei antes das férias escolas indo só à tarde e no período das férias me empolguei, fiquei o dia inteiro”.
Ainda assim, devido à oficina ser um empreendimento de família, Rafaela conta que desde pequena sempre esteve por perto e foi aprendendo a diferenciar as ferramentas. “Sempre que podia ia nas fazendas junto com meu avô quando ele ia dar assistência, Hoje, quando chegam serviços pequenos como trocar de lâmpadas, eu abro as lanternas e tento trocar com a ajuda dele”, diz.
Mas, antes mesmo disso, ela garante que a relação entre os dois sempre foi muito próxima e, agora, a união só aumentou. E, mostrando que aprova a permanência da neta ao seu lado, fora dos horários de estudo, o patriarca garantiu até um presente especial.
“Eu perguntei se existia uma caixinha de ferramentas cor-de-rosa e se era muito caro, aí ele percebeu que eu queria uma caixa de ferramentas e me deu de presente. Fiquei muito feliz”, diz Rafaela.
Garantindo que o orgulho tem falado alto, Paulo completa que a neta se tornou sua companhia de todos os momentos. “Ela me acompanha onde eu vou sempre pode, ela é muito companheira. Não imaginava que ela poderia se interessar pela profissão, mas vejo que ela tem vontade de aprender”.
E, ainda de acordo com o avô, a neta faz questão de mostrar que consegue e quer fazer todos os trabalhos disponíveis ao seu nível de conhecimento. “Ela fica brava se eu a trato diferente por ser menina, mas o que quero é sempre incentivar que ela estude, mas todo aprendizado é válido”.
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