Aos 62 anos, Erme faz questão de arrumar tempo para colorir casa
Lavadeira conta que casa de madeira é da irmã, mas se tornou seu xodó
De longe, a casa de Ermelinda Ferreira se destaca devido à união do laranja com verde nas paredes de madeira. Mantendo uma rotina cansativa sendo lavadeira, a moradora de 62 anos conta que apesar da correria, faz questão de arrumar tempo para ela mesma colorir a casa.
Há mais de uma década, Erme se mudou para o endereço da Vila Progresso após a irmã comprar o espaço. Na época, a ideia era que os sobrinhos vivessem por ali, mas os caminhos foram mudando até que a casa de madeira se tornasse seu lar.
Relembrando sobre como o local era inicialmente, a moradora brinca que não tinha vontade nenhuma de chegar perto. Isso porque a união entre goteiras e uma aparência nada boa integravam o cenário.
“Meu marido é pedreiro e ele deu uma arrumada no início para a gente conseguir vir para cá como sugestão da minha irmã. Ela era de fora e não poderia ficar cuidando da casa, então a gente veio para isso”, explica Erme.
Conforme o tempo passou, a casa continuava sem muita cara de lar e, com vontade de ter um espaço mais com sua cara, a moradora decidiu que ela mesma iria começar a lidar com os detalhes.
Desde então, as paredes e muros recebem novas tinturas de tempos em tempos. Sem pedir ajuda de ninguém, a lavadeira comenta que compra a tinta que acha mais bonita, reúne os materiais e faz o espaço ficar colorido, conforme imaginado.
Sobre a união do laranja com alguns detalhes em verde, ela diz que a primeira cor é apenas por gosto visual, enquanto a segunda é para lembrar de seu time, o Palmeiras. “Sou palmeirense de verdade, então é por isso. Agora, quero escolher as cores para o muro e deixar bonito também. A gente tem que cuidar”.
Narrando sobre o cotidiano de continuar fazendo manutenções enquanto precisa continuar trabalhando, a lavadeira brinca que encontra espaço na agenda. “Essa é a parte difícil de eu mesma pintar porque não tenho muito tempo, mas como gosto, me viro”, diz.
Além da tintura, uma pequena horta também se espalha por carteiros no quintal. Todos compondo a mesma ideia de manter a casa com cara e sentimento de lar.
Sem saber se irá continuar por ali durante muitos novos anos, Erme garante que isso não é o que importa. Já que, para ela, o essencial é encontrar tempo para deixar a casa e a vida mais colorida.
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