Aos 68, Maurício cuida de três gerações de cães que são seus xodós
Ao todo, são 13 animais que vieram parar sob os cuidados do aposentado após antigo tutor falecer
Em uma casa de portões de ferro e quintal modesto, no Bairro Jardim São Lourenço, em Campo Grande, mora o aposentado Maurício Santana Rebuá. Neste mesmo endereço, ele teve seu caminho cruzado pela cachorra Princesa. A partir deste dia, o idoso, que nunca teve a experiência de desfrutar da companhia de um companheiro de quatro patas, acabou se tornando o tutor de 13 animais, todos da mesma família canina.
Maurício conta para a reportagem que nunca teve animais de estimação, até que Princesa chegasse três anos atrás, após seu tutor falecer. Conforme relato, ela estava grávida e a família do antigo dono não quis adotá-la. Com isso, o animal passou a frequentar a casa de Maurício para se alimentar.
Entre idas e vindas de Princesa na casa do aposentado, ele acabou se apegando à cachorra e decidiu adotá-la. Consequentemente, ele acabou adotando os filhotes de Princesa, e posteriormente os filhotes dos filhotes da matriarca.
“Eu consegui unir a mãe, a filha e os netos, isso é uma coisa rara. Ninguém dá bola para vira-lata, [para mim] é um orgulho ter um vira-lata, eles são muito amorosos”, diz.
Sobre a rotina de cuidar de 13 cachorros, Maurício conta que precisa sempre cuidar da limpeza da casa, além de levar a turma para passear duas vezes por dia, no período da manhã e da tarde.
Um fato curioso é que os cachorros nunca foram adestrados, mas saem de casa sem coleira, e Maurício garante que todos obedecem e andam em “fila” ao lado dele, sem causar confusão na vizinhança.
“Eles têm necessidade de sair, ninguém gosta de ficar preso no lugar. Sair sem coleira não é adequado, até contra a lei, mas eu não consigo sair com tanta coleira. Como eles já são acostumados a andar, não são cachorros afoitos, eles me respeitam. São de porte médio e pequeno, não tem agressividade”, explica o aposentado.
Apaixonado pelos companheiros de quatro patas, Maurício faz questão de mostrar o sachê de marca à reportagem, e destaca que garante uma alimentação de qualidade para o grupo, além de um tratamento atencioso. “Ninguém gosta de comer só grão, então não dou só ração, quero que a comida seja gostosa para eles”.
Ao menor sinal de problema, envolvendo o bem-estar dos pets, ele diz que recorre ao veterinário para verificar se está tudo bem. Até vitamina, para manter o sistema imunológico em ordem, a turma tem direito.
Defensor da causa animal, o aposentado destaca a importância de tratar bem os animais e garantir uma qualidade de vida para eles. Ele menciona que os 13 são “como filhos”, e por isso devem ser tratados dessa maneira.
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