Aos 68, Maurício cuida de três gerações de cães que são seus xodós
Ao todo, são 13 animais que vieram parar sob os cuidados do aposentado após antigo tutor falecer
![Maurício segura filhote no colo para dar carinho; ele faz parte dos 13 cães que o aposentado cuida (Foto: Henrique Kawaminami)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/03/28/2lgm5l39ld2cw.jpg)
Em uma casa de portões de ferro e quintal modesto, no Bairro Jardim São Lourenço, em Campo Grande, mora o aposentado Maurício Santana Rebuá. Neste mesmo endereço, ele teve seu caminho cruzado pela cachorra Princesa. A partir deste dia, o idoso, que nunca teve a experiência de desfrutar da companhia de um companheiro de quatro patas, acabou se tornando o tutor de 13 animais, todos da mesma família canina.
Maurício conta para a reportagem que nunca teve animais de estimação, até que Princesa chegasse três anos atrás, após seu tutor falecer. Conforme relato, ela estava grávida e a família do antigo dono não quis adotá-la. Com isso, o animal passou a frequentar a casa de Maurício para se alimentar.
Entre idas e vindas de Princesa na casa do aposentado, ele acabou se apegando à cachorra e decidiu adotá-la. Consequentemente, ele acabou adotando os filhotes de Princesa, e posteriormente os filhotes dos filhotes da matriarca.
“Eu consegui unir a mãe, a filha e os netos, isso é uma coisa rara. Ninguém dá bola para vira-lata, [para mim] é um orgulho ter um vira-lata, eles são muito amorosos”, diz.
Sobre a rotina de cuidar de 13 cachorros, Maurício conta que precisa sempre cuidar da limpeza da casa, além de levar a turma para passear duas vezes por dia, no período da manhã e da tarde.
Um fato curioso é que os cachorros nunca foram adestrados, mas saem de casa sem coleira, e Maurício garante que todos obedecem e andam em “fila” ao lado dele, sem causar confusão na vizinhança.
“Eles têm necessidade de sair, ninguém gosta de ficar preso no lugar. Sair sem coleira não é adequado, até contra a lei, mas eu não consigo sair com tanta coleira. Como eles já são acostumados a andar, não são cachorros afoitos, eles me respeitam. São de porte médio e pequeno, não tem agressividade”, explica o aposentado.
![Turma sai para passear com o tutor sem coleira, e aposentado garante que todos obedecem e não causam confusão (Foto: Direto das Ruas)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/03/28/1lpluerzqaooi.jpg)
Apaixonado pelos companheiros de quatro patas, Maurício faz questão de mostrar o sachê de marca à reportagem, e destaca que garante uma alimentação de qualidade para o grupo, além de um tratamento atencioso. “Ninguém gosta de comer só grão, então não dou só ração, quero que a comida seja gostosa para eles”.
Ao menor sinal de problema, envolvendo o bem-estar dos pets, ele diz que recorre ao veterinário para verificar se está tudo bem. Até vitamina, para manter o sistema imunológico em ordem, a turma tem direito.
Defensor da causa animal, o aposentado destaca a importância de tratar bem os animais e garantir uma qualidade de vida para eles. Ele menciona que os 13 são “como filhos”, e por isso devem ser tratados dessa maneira.
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