Após perder filho em acidente, Gisele enfrenta câncer “de salto alto”
Jornalista descobriu tumor maligno duas semanas após perder o filho e busca ajuda para financiar tratamento
A jornalista Gisele Romeiro, de 54 anos, descobriu recentemente que vai precisar lutar contra um câncer. A notícia veio apenas 15 dias depois do falecimento do filho, o advogado Rafael Coldibelli Francisco Filho, de 35 anos, que morreu em um acidente de trânsito envolvendo cinco veículos na BR-163, entre Campo Grande e São Gabriel do Oeste, em julho deste ano.
Mas em meio às dificuldades, o tom de Gisele é de esperança. “Eu resolvi passar por esse câncer de salto alto e ser um sinal de superação em Deus”, expressa.
Ela descobriu o câncer apenas duas semanas depois do acidente fatal envolvendo o filho. Mas Rafael teve tempo de acompanhar a mãe nos primeiros exames, quando apareceu algo de diferente nos resultados. “Ele ainda estava vivo quando fiz o preventivo. Ele era aquele que ficava de mãos dadas comigo, sempre ao meu lado”, relata.
Nas redes sociais, Gisele compartilha a rotina de tratamento e tenta deixar uma mensagem de esperança. Diz que é só pela fé que consegue passar por esse momento, além do amor pela família. “Resolvi expor toda a situação para meus seguidores, tanto para explicar quanto também por consideração. Vou passar por essa, não pela minha força, mas pela força de Deus”, declara.
Lidar com a saudade do filho não é fácil. Somente agora, meses depois, que Gisele consegue falar de Rafael. Mas o tom de voz muda e é perceptível que é um esforço conversar sobre a morte. Se refere a ele como um grande amigo, além de filho.
Gisele foi mãe aos 18 anos. Desde criança, lembra que os dois tinham uma conexão muito forte, que agora ela cultiva com o neto, nascido poucos meses antes do acidente do pai. Ela chama a criança de “sementinha” que Rafael deixou para a família. “Nós éramos muito ligados. Naquele dia, inclusive, ele tinha acabado de me ligar. É uma dor absurda. Perdi um grande amigo e um pedaço de mim”, comenta.
Agora o foco é a cura
Com a maior parte coberta pelo SUS, ela conseguiu atendimento e a garantia das sessões de quimioterapia gratuitas. “Mas há gastos que o SUS não cobre, como alguns exames e medicamentos que não estão disponíveis. E são seis meses de tratamento, então, ainda terei que ficar refazendo todos”, detalha.
Para conseguir custear o tratamento, Gisele resolveu pedir ajuda. “Todos os anos, há 7 anos, convido algumas pessoas, leitores da minha coluna social, para participar na publicação e desejar um Feliz Natal para as pessoas. Esse ano, resolvi antecipar e converter todo o lucro para meu tratamento. Mas todos os valores são bem-vindos, qualquer valor já ajuda”, explica.
Todas as informações a respeito da campanha estão disponíveis diretamente com Gisele, pelo telefone (67) 99909-1028.
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