Aposentado “incorpora” Santos Dumont e tenta construir avião
Apaixonado por aviação, Wellington constrói sozinho o AC-12 desde janeiro de 2022 e acredita que vai voar
Em Rochedo, a 74 km de Campo Grande, Wellington Vicentini Junior, de 68 anos, é um ‘Santos Dumont’ sul-mato-grossense. Sozinho, ele está construindo um avião modelo AC-12 que tem previsão de ser concluído no final deste ano.
Ele conta que vive há 12 anos na cidade onde ganhou um apelido devido à paixão pela aviação. “O pessoal me conhece como o Wellington do avião”, declara. Em qual momento exato começou a gostar de aviões, ele não sabe dizer, mas conta tudo que fez por gostar tanto deles. “Desde pequeno, sempre gostei de aviação, estudei, me formei na escola de aviação, servi a Aeronáutica em 1973. Comecei pilotando planador”, conta.
A ideia de construir o próprio avião veio junto com a aposentadoria. A princípio, ele tentou fazer outro modelo, porém largou o projeto e optou por fazer o AC-12. “Comecei a fazer outro, mas achei que ia ficar pesado, parei e comprei a planta desse”, explica.
Veja o vídeo:
Wellington investiu R$ 100 mil no sonho que, aos poucos, vai se tornando realidade. Modesto, ele garante que não está enfrentando dificuldades na construção. “Ele é bem simples. Comecei a construir em janeiro do ano passado, a estrutura é toda em madeira”, fala.
Diariamente, o aposentado sai de casa às 6h rumo ao galpão onde está o AC-12. No lugar, ele passa a manhã e metade da tarde construindo o avião. O que para muitos poderia ser trabalho, ele garante que não. “É uma distração, depois que você se aposenta você tem que fazer alguma coisa”, pontua.
Na cidade, a empreitada dele é de conhecimento geral. Quando falou do projeto, Wellington revela que alguns não acreditaram. "Teve amigos que duvidaram, mas agora estão acompanhando, ficaram contentes”, destaca.
No momento, o aposentado está fazendo o tratamento final no revestimento. “Agora tô fazendo o acabamento pra poder pintar, depois vem a colocação do motor, hélice, pneus, carpete por dentro”, comenta.
A cada novo passo, ele conta com o apoio de outra pessoa. “Eu tenho o acompanhamento de um engenheiro aeronáutico, ele vai dizendo se tá tudo certo e eu vou tocando em frente”, afirma.
Com uma frase final, ele resume o que sente pelo projeto que não vê a hora de ficar pronto. "O sonho da gente é sair do chão", conclui.
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