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Comportamento

Ativista canadense ganha fãs em parque e fala sobre amor pelo mundo

A visita de Jean despertou o interesse de pessoas no Parque das Nações Indígenas

Thailla Torres | 23/07/2023 10:29
Em sua passagem por Campo Grande, Jean se juntou a uma campanha pela preservação do Complexo de Parques da região.
Em sua passagem por Campo Grande, Jean se juntou a uma campanha pela preservação do Complexo de Parques da região.

Nesta manhã, o Parque das Nações Indígenas recebeu a presença do ativista canadense Jean Béliveau, que se juntou a amigos e campo-grandenses em uma caminhada especial pela preservação dos parques da região. A visita de Jean despertou o interesse de todos os presentes, inclusive daqueles que não o conheciam previamente, levando-os a se aproximarem do estrangeiro para entender mais sobre sua história e a importância do encontro.

Jean Béliveau foi convidado a visitar a Capital pelo seu amigo Alfredo Sulzer, com quem se tornou amigo durante uma viagem à Hungria. Desde então, os dois compartilham experiências de lugares ao redor do mundo. Jean, atualmente, está em uma jornada pelo planeta dirigindo um tuc-tuc, e em suas andanças, ele tem se dedicado a compartilhar suas histórias em prol de uma vida melhor para as crianças e a preservação da natureza.

"Estou compartilhando toda minha experiência para que crianças tenham uma vida melhor, assim como a natureza", disse Jean, enquanto atendia as pessoas e posava para fotos com seus novos amigos em Campo Grande. Seu olhar estava encantado com a beleza do Parque das Nações Indígenas, a ponto de cogitar a ideia de viver em Mato Grosso do Sul. "Campo Grande é lindo, quero morar aqui. Estou vendendo minha propriedade no Canadá".

Jean Béliveau (ao meio) foi convidado a visitar a Capital pelo seu amigo Alfredo Sulzer (à direito - de azul)
Jean Béliveau (ao meio) foi convidado a visitar a Capital pelo seu amigo Alfredo Sulzer (à direito - de azul)

A trajetória de Jean Béliveau tem sido marcada por uma grande missão: uma caminhada que durou 11 anos, percorrendo entre 30 e 40 quilômetros por dia. Durante essa jornada épica, o aventureiro atravessou montanhas e desertos, visitou diversos países e culturas, e enfrentou os mais diversos desafios. Ele esteve no Brasil em 2003, passou pelo México, Sudão, África, China, Filipinas, e em cada lugar, levou sua mensagem de amor pela natureza e a importância de viajar e conhecer o mundo.

Acompanhado de um carrinho motorizado que carregava mantimentos e itens pessoais, Jean Béliveau nunca precisou de assistência médica durante sua jornada, demonstrando uma incrível resiliência e determinação.

Em sua passagem por Campo Grande, Jean se juntou a uma campanha pela preservação do Complexo de Parques da região, composto pelo Parque das Nações Indígenas, Parque Estadual do Prosa e Parque dos Poderes. A caminhada especial em torno do lago do Parque das Nações Indígenas contou com a participação de diversos ambientalistas, pesquisadores, artistas, juristas, estudantes e militantes da cultura e proteção ambiental. Os vereadores Luiza Ribeiro (PT) e Prof. André Luis (Rede), que assinam o Projeto de Lei que institui o tombamento do parque, também participou do evento.

A visita de Jean Béliveau trouxe uma dose extra de inspiração e engajamento para a luta em defesa da preservação dos parques e da natureza como um todo.

A trajetória de Jean Béliveau tem sido marcada por uma grande missão: uma caminhada que durou 11 anos.
A trajetória de Jean Béliveau tem sido marcada por uma grande missão: uma caminhada que durou 11 anos.

Tombamento - O projeto de tombamento surge como uma medida essencial para proteger o patrimônio natural do parque e evitar que áreas verdes sejam destruídas.

Até então, o Projeto de Lei 10.970/2023, proposto pela vereadora Luiza Ribeiro, visava garantir a proteção do Parque dos Poderes (2.435 metros quadrados), Parque das Nações Indígenas (116 hectares) e Parque do Prosa (135 hectares).

Os três parques são de propriedade do governo de Mato Grosso do Sul e estão inseridos no plano de concessões para a iniciativa privada, em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Com a perspectiva de o projeto de tombamento dos Parques Estadual do Prosa, das Nações Indígenas e dos Poderes ser arquivado, a vereadora do Partido dos Trabalhadores, Luiza Ribeiro, optou por retirar a iniciativa do processo de tramitação na Câmara Municipal.

Em maio deste ano, Luiza solicitou aos colegas que considerassem tirar o tema de pauta, solicitando vistas, como uma forma de estender a discussão sobre o projeto.

Porém, diante do silêncio dos demais vereadores, ela anunciou a retirada do debate nessa sessão legislativa. Na ocasião, Luiza enfatizou que não desistiu da causa, mas apenas postergou seu prosseguimento.

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