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Comportamento

Campeão dos amigos no Santa Luzia, “Baixinho” hoje precisa de ajuda

Em dezembro, o “craque do bairro” sofreu AVC e agora, família organiza feijoada para custear tratamento

Jéssica Fernandes | 04/02/2022 06:51
Laércio segura foto de 1990 do time América. (Foto: Kísie Ainoã)
Laércio segura foto de 1990 do time América. (Foto: Kísie Ainoã)

Laércio Cordoba, 66 anos, o “Baixinho”, é uma figura conhecida no Bairro Santa Luzia. Em 1990, ele começou a treinar os times de futebol da vila, criou a própria equipe e conquistou diversos troféus, se tornando o “craque do bairro”. Em dezembro de 2021, Laércio sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e agora, a família organiza uma feijoada beneficente para custear o tratamento dele.

O “Baixinho” chegou a Campo Grande em 1962 e na cidade, começou a jogar em times amadores como lateral-direito. “Era terrão, agora, tudo mudou, é gramado. A gente jogava descalço, era um tempo que tinha o América, esses times de futebol amadores”, recorda.

Apaixonado pelo esporte, Laércio quis treinar meninos e meninas para descobrir novos talentos. Assim, começou o trabalho no time do Santa Luzia, América e Águia Dourada. Em casa, o ex-técnico guarda a coleção de troféus que ficam orgulhosamente posicionados na estante. Além dos prêmios, ele mantém os retratos dos anos de ouro.

Recordação da epóca de técnico do time feminino. (Foto: Kísie Ainoã)
Recordação da epóca de técnico do time feminino. (Foto: Kísie Ainoã)

Antes da pandemia, “Baixinho” deixou os campos, virou a página e disse adeus permanentemente para os dias de técnico. Desde então, Laércio se dedica exclusivamente à profissão de padeiro. Há 20 anos, ele atua na Dico Panificadora, onde é conhecido como "vovô" e desenvolveu a receita de um pão que leva o mesmo apelido.

Por hora, ele está afastado das atividades laborais, mas garante que deixou a receita para os outros padeiros darem continuidade. “É um pão com a massa especial, eu deixei tudinho lá para o pessoal fazer. Eu parei de trabalhar agora por causa desse AVC”, diz.

Ao Lado B, ele deu detalhes sobre o dia que sofreu o AVC e o processo de internação. Na ocasião, Laércio estava no trabalho, quando sentiu os primeiros sintomas. “No serviço, passei mal, pensei que era pressão alta, porque meu braço e minha perna começaram a ficar moles. Eu ainda voltei para casa dirigindo. Em 16 de dezembro, tive o AVC, fui internado e dia 23, saí”, explica.

No armário de casa, ele tem coleção de troféus. (Foto: Kísie Ainoã)
No armário de casa, ele tem coleção de troféus. (Foto: Kísie Ainoã)

Com o lado direito do corpo paralisado, Laércio iniciou o acompanhamento na fisioterapia. Devido ao valor de R$ 100 de cada sessão, a família está organizando uma feijoada beneficente para bancar o tratamento, que deve durar seis meses.

De acordo com a esposa do Laércio, a dona Fátima, a feijoada sem ou com acompanhamento irá custar R$ 25. “Nós vamos fazer arroz, farofa, couve refogada. A gente vai fazer a feijoada completa, mas quem quiser levar só a feijoada, pode levar”, conclui.

A feijoada beneficente acontece no domingo (13), a partir das 11h30, na Rua Santa Rosa, 760, Bairro Vila Santa Luzia.

Laércio segura troféu durante final de campeonato no Bairro Vila Santa Luzia. (Foto: Kísie Ainoã)
Laércio segura troféu durante final de campeonato no Bairro Vila Santa Luzia. (Foto: Kísie Ainoã)

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